domingo, 27 de novembro de 2016

LEITURA ORANTE DOMINICAL DO EVANGELHO DO DIA 27/11/2016



LEITURA ORANTE

Mt 24,37-44 - 1º Domingo do Advento - Vigiar e ser fiel


Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se neste ambiente
virtual. Rezamos ao terminar um Ano Litúrgico e iniciar outro, nossa oração de agradecimento.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Nós te agradecemos
porque tu és o Senhor, nosso Deus,
e o Deus de nossos pais.
Nós te agradecemos por nossa vida
entregue em tuas mãos,
por nossas almas confiadas a ti,
pelos prodígios que dia após dia operas em nós,
pelas coisas maravilhosas e pelas obras de bondade
que realizas em cada tempo, à tarde, de manhã e ao meio-dia.
(oração judaica)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto, na minha Bíblia: Mt 24,37-44.
A vinda do Filho do Homem será como aquilo que aconteceu no tempo de Noé. Pois, antes do dilúvio, o povo comia e bebia, e os homens e as mulheres casavam, até o dia em que Noé entrou na barca. Porém não sabiam o que estava acontecendo, até que veio o dilúvio e levou todos. Assim também será a vinda do Filho do Homem.
- Naquele dia dois homens estarão trabalhando na fazenda: um será levado, e o outro, deixado. Duas mulheres estarão no moinho moendo trigo: uma será levada, e a outra, deixada. Fiquem vigiando, pois vocês não sabem em que dia vai chegar o seu Senhor. Lembrem disto: se o dono da casa soubesse quando ia chegar o ladrão, ficaria vigiando e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso vocês também fiquem vigiando, pois o Filho do Homem chegará na hora em que vocês não estiverem esperando.
Refletindo
Jesus fala de vigiar e ser fiel ao Projeto de Deus. Sobre a fidelidade, como exigência para o discípulo de Jesus, também os bispos falaram, em AparecidaNossa fidelidade ao Evangelho, exige que proclamemos a verdade sobre o ser humano e sobre a dignidade de toda pessoa humana em todos os espaços públicos e privados do mundo de hoje e a partir de todas as instâncias da vida e da missão da Igreja."(DAp 390).

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim?
Meditando
Os bispos, na Conferência de Aparecida, lembraram: “No exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos a vida nova (cf. Jo 5,40) ou não perseveramos no caminho (cf.Hb 3,12-14). Com o pecado, optamos por um caminho de morte. Por isso, o anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos faz participar do triunfo do Ressuscitado e inicia um caminho de transformação!”(DAp 351).
E eu me interrogo:
no exercício da minha liberdade, acolho a vida nova?

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração
Senhor Jesus Cristo,
viestes até nós
para levar à plenitude
a obra da criação.
Concedei à vossa Igreja
a graça de contribuir
para que todas as pessoas
vivam de acordo
com os valores do Evangelho
e participem da vossa missão.
Vós que sois Deus com o Pai,
na unidade do Espírito Santo.
Am.



4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Mestre Verdade, Caminho e Vida. Terei no coração a esperança de que Deus vem a nós a cada instante.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso
 Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir.Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br
http://leituraorantedapalavra.blogspot.com.br/

Leitura Orante
27º domingo do tempo comum, domingo 02 de outubro de 2016


ADVENTO: modo criativo de esperar

“Por isso, ficai de prontidão! Porque, na hora que menos pensais
o Filho do Homem há de vir.” (Mt 24,44)

Texto Bíblico: Mt 24,37-44

1 – O que diz o texto?

Estamos no tempo litúrgico da espera, que nos motiva a esperar, mas a esperar com esperança, sabendo a Quem esperamos; mais ainda, sabemos que, Aquele que esperamos, já chegou, que já está entre nós, que as promessas esperadas já estão cumpridas. Deus vem a nós e a nossa espera ativa é a nossa maneira de ir até Ele. Aquele que esperamos já está presente, dando um sentido de eternidade à nossa espera.
Advento é tempo propício para ampliar a visão. Deus não criou as fronteiras; podemos olhar mais além, lançar por terra os limites inventados, desfazer os muros que nos mantém numa vida normótica e repetitiva.
A espera vigilante pede um olhar de longo alcance e, ao mesmo tempo, um olhar que capta os pequenos sinais da Presença d’Aquele que sempre está vindo, no cotidiano da vida.
Na espera corremos dois riscos: fixar-nos somente no horizonte e aguardar vindas extraordinárias, fora do normal... desviando o nosso olhar das vindas d’Aquele que se faz presente na simplicidade da vida.
Outro risco é ter uma visão atrofiada, limitada ao cotidiano da vida e perdendo-nos na confusão de sinais e vozes que daí brotam.
É preciso integrar os dois movimentos.
É preciso ter um horizonte de sentido que nos ajude a discernir e distinguir tais sinais.
Do cotidiano aos largos horizontes (amplitude de visão e de vida) e dos largos horizontes ao cotidiano (dar sentido ao nosso chão cotidiano).
“Não ter medo do máximo e caber no mínimo: isso é divino”.
Advento quer abrir uma brecha naquilo que já conhecemos e sabemos para preparar-nos para receber a força incomparável de uma alegria que quer alcançar nossas vidas.
Esperar nos faz assumir a atitude de sentinelas que, numa posição elevada, é capaz de ler a realidade, vislumbrar o novo e assumir atitudes coerentes.
É de dentro das circunstâncias que atravessamos que Deus não cessa de nos buscar e de nos surpreender.

2 – O que o texto diz para mim?

O convite de Jesus a viver vigilante é um chamado a refazer a minha leitura dos acontecimentos, a aprender a lê-los a partir do amor que quer abrir passagem em mim.
Às vezes espero sem saber muito bem o quê ou quem espero, como os dois personagens do filme “Esperando Godot”, que nunca souberam a quem esperavam, nem por que esperavam, nem se, efetivamente, chegaria o esperado Godot.
Outras vezes, a espera se vê realizada, mas o resultado da mesma é tão pífio, tão frustrante, que os “esperantes” terminam por pensar se valeu a pena tanta mobilização. Existem também esperas doentias, que provocam ansiedade, medo e que paralisa; espera centrada em si mesma.
Não estou simplesmente “esperando Godot” para entreter o tempo e a vida. A espera não se reduz à espera mesma: ela tem conteúdo. O Salvador não cessou de vir; vem diariamente a meu mundo (família, trabalho, relações, descanso...), vem para dar à minha vida a profundidade e largura de seu amor, para que a Criação inteira recupere a beleza, a harmonia e a liberdade que desfrutava quando saiu das mãos do Criador.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

Advento despertar para se fazer presente Àquele que está sempre presente.
Esperar é “estar acordada”, no sentido de estar atenta e também no sentido musical de “estar afinada”, sintonizada com a Presença que se “desvela” sempre inesperada, surpreendente e provocativa.
Como ser humana, fui feita para esperar: esperar um filho, esperar um trabalho, esperar o resultado de um exame médico, esperar que as coisas melhorem, esperar que saia o sol… Trata-se de uma sucessão interminável de esperas, algumas vezes infrutíferas, indesejadas e angustiosas, outras vezes surpreendentes, plenificantes…
A maneira de me situar na vida muda quando ansiosamente espero Alguém: meu coração se dilata e a vida se torna mais leve. Aquele que esteve, está e estará sempre presente, não vem para complicar minha vida.
O “que” ou “quem” espero?
Se não sei o que espero, a vida perde sabor e sentido; quem não espera, não busca, não amadurece. No supermercado da vida há muitas ofertas que pretendem preencher o vazio da espera, mas não tem consistência, não me sacia não me preenche, e não me indica um horizonte de sentido.
O maior inimigo da espera é a dispersão, ou seja, apego ao imediato e à rotina da vida: “comer, beber, casar... como nos tempos de Noé”, Viver em tempos de dispersão, cativados pela mídia, pelas ofertas alucinantes... Isso corrói a minha interioridade, minha visão se atrofia e o horizonte fica obscurecido.
A espera vigilante implica ampliar o olhar para além dos meus pequenos interesses.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Em cada ano, no tempo do Advento, a liturgia da Igreja me mobiliza a esperar. Nem sempre caio na conta que tenho a Quem esperar. Então, me disperso “esperando algo”, vivendo a lenta e inevitável fila das esperas.
Esperar, para quê? a quem? de onde nasce a necessidade de esperar?
Senhor, vivo em um tempo carregado de “pressas” que me mantém tensa; quero resultados imediatos e me angustio na impaciência.
Mas a vida cristã precisa de muito Advento, muita espera e paciência. No interior de minhas entranhas brota uma voz serena: “Dá prá esperar?”
Só quem é movido a “sentir o tempo” de modo novo pode habitá-lo com intensidade em todas as etapas da vida.
Cada momento esconde sua pérola e é muito instigante poder descobri-la.
A vida cristã é uma vida de espera, mas se trata de uma espera carregada de esperança.
Esperar é uma forma de viver, um hábito de vida. Eu sou o que espero.
“Só quem espera pode ver”.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

Esperar, me faz criativa, intuitiva, sonhadora...
Esperar, me faz sair de mim mesma, abrir-me à realidade que me cerca e crescer em comunhão com tantos que me esperam.
Esperar, me descentra.
“Diga-me o que você espera e vou lhe dizer quem você é”.
A espera revela minha identidade, aponta para onde está meu coração.
Para dar lugar Àquele que vem sem cessar, é preciso alargar espaço em minha vida, expandir meu coração, aliviar minhas agendas e realizar gestos de serviço que me faz crescer em comunhão.
A espera de Alguém desperta minha sensibilidade para perceber que Aquele que espero já está presente; eu é que estou cega e surda aos sinais e vozes de sua presença.

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: Mt 24,37-44
Pe. Adroaldo Palaoro, sj – reflexão do Evangelho
Desenho: Osmar Koxne

Sugestão:
Música: Oh! Vem, Senhor – fx 03 (02:34)
Autor e Intérprete: Zé VicenteCD: Festa dos pequenos
Gravadora: Paulinas Comep

http://www.nospassosdepaulo.com.br/2016/11/leitura-orante-1-domingo-do-advento-27.html

HOMÍLIAS DOMINICAL DO EVANGELHO, COMENTÁRIOS DOMINICAL DO EVANGELHO, REFLEXÕES DOMINICAL DO EVANGELHO DO DIA 27/11/2016

Ano A


Mt 24,37-44

Comentário do Evangelho

Atitude de vigilância

O primeiro domingo do Advento é o início do ano litúrgico. Para os cristãos, é o verdadeiro “ano novo”, pois a nossa vida de fé é marcada e ritmada pela celebração do Mistério de Deus. O Advento é tempo de preparação para o Natal; tempo que deve ser vivido numa dupla atitude: intensificar a leitura e a meditação da Palavra de Deus e a penitência.
O texto da liturgia de hoje é parte do discurso escatológico de Jesus (Mt 24,1–25,46); discurso sobre o fim. Entenda-se fim não como término, mas como aquilo que é definitivo para a existência humana. Normalmente, a linguagem utilizada para este tipo de discurso é a apocalíptica, que tem um tom um tanto dramático e, por vezes, causa certo medo nas pessoas que não ultrapassam o sentido primeiro do texto. Em nosso caso, o discurso é exortação aos discípulos a colocarem a sua confiança naquilo que não passa. O precursor deste tipo de linguagem na Bíblia é o livro de Daniel (Dn 7–12), escrito em meados do segundo século antes de Cristo.
A evocação do tempo de Noé e o dilúvio servem para colocar os discípulos, destinatários do discurso (cf. Mt 24,1), de alerta e para os convidar a uma atitude de engajamento e coerência com sua vocação cristã. O dilúvio, como evento de purificação, é água divisora entre um antes e um depois. Parece que o dilúvio os faz abrir os olhos quanto ao modo como viviam: nada percebiam, “até que veio o dilúvio e arrastou a todos” (v. 39). A vida do ser humano não se encerra nos limites da história, nem se resume em comer e beber, nem em procurar “aproveitar a vida”. Na descrição sumária do tempo de Noé, Deus não aparece; é como se ele não contasse para nada. A excessiva preocupação com questões relativas à vida de cada dia e com o bem-estar pode não só nos distanciar das coisas do céu, como também nos fazer prescindir do próprio Deus ou até ignorar sua presença. A história do tempo de Noé, antes do dilúvio, serve para ilustrar esta situação e interpelar os discípulos a que mantenham a vida referida a Deus. A fé em Deus exige uma vida conforme a sua vontade: “Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor!, entrará no Reino dos céus, mas o que faz a vontade do meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21). A vida de quem crê deve ser a expressão da fé que ele professa e do Deus em quem ele põe a sua esperança e confiança. O principal é buscar o Reino de Deus, que antecede todas as coisas, e por Deus o necessário é dado (ver: Lc 12,22-31).
A imprevisibilidade da vinda do Filho do Homem exige uma atitude diferente das pessoas do tempo de Noé, anteriores ao dilúvio (cf. v. 39b-41). A atitude requerida é a da vigilância (cf. v. 42). Vigilância é trabalho de discernimento, é empenho na atividade cotidiana que engaja o homem na sua missão, fruto do seguimento de Jesus Cristo. “É hora de despertarmos do sono”, diz Paulo, “abandonemos as obras das trevas, e vistamos as armas da luz; procedamos honestamente como em pleno dia […]. Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13,11-14).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, à chegada de teu Filho que vem, quero encontrar-me preparado, por meio do amor gratuito a meu semelhante.
Fonte: Paulinas em 01/12/2013

Vivendo a Palavra

Comiam, bebiam, casavam-se... A vida corria na aparente normalidade – assim como a nossa. Jesus nos adverte que o fim acontecerá sem anúncio específico: devemos vigiar, para não cairmos nas tentações, e orar sempre. Significa viver conscientes de que Deus, Pai Misericordioso, está presente em nós e entre nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/12/2013

Vivendo a Palavra

Ao iniciarmos este ano litúrgico, entremos no clima de alegre expectativa para a próxima vinda do Senhor. Advento é isto: vivermos a alegria de saber que a nossa salvação está agora mais próxima do que quando começamos o nosso processo de conversão. Advento é tempo de esmola, jejum e oração.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

HOMILIA
Homilia do 1º Domingo do Advento (27.11.16)
Pe. Luiz Carlos de Oliveira
Missionário Redentorista
“É hora de despertar”
Viver na esperança

O Advento é tempo em que celebramos a vinda de Cristo. Não se trata somente de sua vinda no Natal, mas também de sua vinda no fim dos tempos. Com fé rezamos no Creio: “Ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai Todo Poderoso, donde há de vir julgar os vivos e os mortos”. Essa vinda dá-nos a impressão de ser perigosa. Ele não virá para condenar, mas para dar a todos o prêmio. Virá de um momento para o outro. A palavra de Deus acentua não a gravidade do momento, mas o fato de ser uma vinda inesperada. Por isso somos convidados a estar sempre prontos. A partir do dia 17.12 celebramos sua vinda no Natal. Por ela participamos pessoalmente da redenção que Deus nos deu em seu Filho. Para essa segunda vinda vivemos um tempo não de angustiosa espera, mas de uma alegre esperança de encontrarmos o Senhor. Rezamos no Salmo: “Que alegria quando me disseram: ‘Vamos à casa do Senhor’” (Sl 121). O Cristo que vem como rezamos, nos estimula a “ter o ardente desejo de possuir o Reino celeste”. S. Paulo nos alerta: “Já é hora de despertar. Com efeito, agora a salvação está mais perto de nós do que quando abraçamos a fé” (Rm 13,11). A vinda inesperada é um estímulo a vivermos revestidos de Cristo (Rm 13,14ª). Revestir-se de Cristo é viver como Ele viveu sempre voltado para o Pai fazendo sua vontade. A vinda de Cristo já está cansando. Esta espera é para dar mais tempo de buscar o Senhor. Na oração pós-comunhão rezamos: “Fazei que os sacramentos nos ajudem a amar desde agora o que é dos Céus, e caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam”.

Advento é transformação

O Advento que prepara a vinda do Senhor tanto no fim dos tempos, como no Natal é uma oportunidade de nos preocuparmos em transformar o mundo a partir de nosso coração. O profeta Isaias é atual e nos convida a ter a coragem de mudança radical: “Ele há de julgar as nações e argüir os povos; estes transformarão as espadas em arados e as lanças em foices; Não pegarão em armas e não mais travarão combates” (Is 2,4). Não adianta celebrar essa vinda, se não mudarmos também a situação tão distorcida da vontade de Jesus. É preciso preparar o homem para acolher o Senhor. Essa é a missão primeira dos cristãos. Por isso esperamos. Rezamos: “Concedei a vossos fiéis o ardente desejo de possuir o Reino Celeste para que, acorrendo com nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos a sua direita na comunidade dos justos” (Oração). Vamos conseguir essa vitória quando começarmos a “amar o desde agora o que é do Céu e, caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam” (Pós comunhão).

Vamos à casa do Senhor

O salmo nos faz cantar com esperança: “Que alegria quando me disseram: Vamos à casa do Senhor”. O Pai nos abre o caminho da salvação (prefácio). Tudo é maravilhoso. Há, contudo o compromisso de uma vida coerente: Paulo nos convida a uma preparação eficiente viver honestamente. Na perspectiva da Vinda diz: “A noite já vai adiantada, o dia vem chegando; Despojemo-nos das ações das trevas e vistamo-nos das armas da luz... procedamos honestamente como em pleno dia” (Rm 3,12-13). É muito bom não perder de vista que o Senhor virá. Mas voltemos o pensamento e as atenções à sua vinda no Natal. A liturgia do Advento é rica. uma quaresma de abertura do coração para acolher Aquele que vem, seja nas nuvens, seja na palha do presépio. Ele sempre vai encher nosso coração.

Leituras: Isaias 2,1-5; Salmo 121; Romanos 13,11-14ª;Mateus 24,37-44

Ficha nº 1600

- O Advento nos prepara para as duas vindas de Cristo: no fim dos tempos e no Natal. O Senhor não vem para castigar, mas para premiar. Não é uma espera angustiante, mas de uma alegre esperança.
- O Advento nos estimula a transformar aas pessoas através das boas obras.
- Advento, tempo do compromisso coerente.

Quem avisa amigo é

Advento significa chegada, vinda. Na reflexão da Igreja, no Advento só se dava atenção para vinda de Cristo no Natal. Após a reforma se retornou ao tema mais amplo: preparação para a segunda vinda de Cristo. Fazemos essa preparação levando em conta o Cristo que vem cada dia ao nosso encontro. Por isso rezamos que os sacramentos nos ajudem a amar desde agora o que é do Céu e, caminhando entre as coisas que passam abraçar as que não passam (Pós-Comunhão). A preparação imediata para o Natal se faz a partir do dia 17de dezembro.
A segunda Vinda é importante em nossa fé: Cremos que Ele voltará. Não se trata de ficar dizendo que Jesus vai voltar, mas preparar sua vinda através de uma vida coerente. Aí não vamos precisar ter medo.
Jesus diz no Evangelho: “Ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá” (Lc 24,44). Como podemos estar preparados? Rezamos na oração da missa: “Concedei a vossos fiéis o ardente desejo de possuir o Reino celeste, para que, acorrendo com as boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos a sua direita na comunidade dos justos”. Viver bem é estar esperando a vinda de Cristo. É essa a transformação que podemos fazer no mundo. Nossa vida de acordo com o Evangelho é a melhor maneira de torná-lo presente. S. Paulo diz: “Procedamos honestamente, como em pleno dia” e enumera o que não podemos fazer. Quem avisa amigo é.
São Paulo continua exortando : “ Já é hora de despertar...a hora já vai adiantada e o dia vai chegando; despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da luz”. É preciso revestir-se de Cristo (Rm 13,11-14).
Vamos ao encontro de Cristo. Só assim podemos entender porque veio morar conosco. Veio indicar o caminho de ir a seu encontro.
http://www.a12.com/santuario-nacional/santuario-virtual/liturgia-diaria/27/11/2016

Meditando o evangelho

PRONTOS PARA RECEBER O SENHOR

O tempo litúrgico do Advento convida-nos à preparação para acolher o Senhor que vem. O apelo insistente da Igreja questiona a tendência dos cristãos a serem acomodados, quando não contaminados pela mentalidade mundana, centrada na busca desenfreada do prazer e na consecução de interesses pessoais.
Desconhecendo o dia e a hora em que o Senhor virá, o discípulo deve estar sempre pronto para recebê-lo. A prontidão cristã é feita de pequenos gestos de amor, na simplicidade do quotidiano. Nada de ações mirabolantes nem de tarefas heróicas a serem cumpridas! Exige-se do discípulo apenas amor sincero e gratuito a Deus e ao próximo.
O episódio bíblico acerca da figura de Noé e do dilúvio ilustra a atitude contrária àquela do discípulo do Reino. A desvastação diluviana tomou de surpresa a humanidade. Ninguém, além de Noé e de sua família, deu-se conta do que estava para acontecer. Por isso, comia-se, bebia-se e se celebravam bodas, na mais total ignorância da fúria destruidora da natureza que se abateria sobre a Terra.
O Senhor espera encontrar os discípulos do Reino vigilantes, quando de sua chegada. A menor desatenção pode revelar-se perigosa. Por isso, o egoísmo jamais poderá ter lugar no coração de quem quer ser encontrado pelo Senhor. Só existe uma maneira de preparar-se para este momento: amar.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, à chegada de teu Filho que vem, quero encontrar-me preparado, por meio do amor gratuito a meu semelhante.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-11-27

REFLEXÕES DE HOJE


27 DE NOVEMBRO-DOMINGO

VIGIAI PARA NÃO SER COLHIDO DE SURPRESA – Maria de Lourdes Cury Macedo.

Evangelhos Dominicais Comentados-Jorge Lorente

1º DOMINGO DO ADVENTO-Dehonianos

Quando o Filho do homem vier-Helena Serpa

Comentários Prof.Fernando

FICAI ATENTOS!-Diac. José da Cruz

Advento: Tempo de Preparação para a vinda de Jesus-Jailson Ferreira

https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

HOMÍLIA DIÁRIA

Precisamos ter vigilância para com nossa vida

A vigilância cristã nos chama a estarmos preparados a cada dia, mas não é com aquela neura de que vamos morrer logo
“Portanto, ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor” (Mateus 24, 42).


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova



http://homilia.cancaonova.com/homilia/precisamos-ter-vigilancia-para-com-nossa-vida/


Liturgia comentada

Se o dono da casa soubesse… (Mt 24,37-44)

Vivemos em tempo de medo. Cai a noite, trancam-se as portas. Cerca eletrificada, porteiro eletrônico, câmeras de segurança, guardas na guarita. Nunca se sabe quando virá o ladrão…
Abrindo mais um Advento do Senhor, a Igreja não sente medo dAquele que vem: ao contrário, ela destranca as portas, derruba as cercas e se põe ela mesma na posição do sentinela que, sobre a muralha, espera pela aurora do Natal.
Eis o comentário de François Trévedy sobre este Evangelho: “Não, a vigilância que nos ordena Jesus Cristo não é despertada por um perigo, pelo terror, mas por uma simples chegada, ainda que seja de um “ladrão”. É preciso reconhecer que o “Ladrão” (cf. Mt 24,43; Ap 16,15) de que nos fala o Evangelho não é tão perigoso para nós e, em definitivo, é bem melhor que ele venha.
Ele não nos rouba por malícia, mas por amor, por um jogo do qual, um dia, participa todo amor verdadeiro. Nós olhamos com pânico para aquilo que chamamos de “últimos fins”, estamos obsedados pelo fim e nem mesmo vemos que o Senhor chega para nós sem cessar e de todos os lados ao mesmo tempo.
O que provoca a vigilância cristã não é uma catástrofe: é um acontecimento; é o perpétuo assalto – em nós e em torno de nós – da Presença pascal de Jesus Cristo. Este assalto só é perigoso se nós reagimos contra ele, pois Jesus Cristo é inofensivo para quem entra no seu jogo. […]
Jesus pode nos surpreender hoje; e na hora de nossa morte ele nos tomará como sua propriedade; ele retomará seu bem em nós, pois é bem no interior de nós, já agora, que isto será tomado e deixado (cf. Mt 24,40-41). Instantâneo como a luz, o Advento de Jesus Cristo operará – e opera desde já! – o corte transversal da história em seu conjunto e da vida de cada um de nós. ”
Por que alguém temeria a Luz? Quem teria medo dessa íntima iluminação? Quem amaria tanto as trevas, a ponto de dar as costas para o Sol nascente? O tempo do Advento é exatamente um convite a derrubar os muros, abrir mão das próprias defesas, escancarar as janelas ao Vento da madrugada, pois o Dia já vem.
E Trévedy convida: “Deixemos Deus fazer uma intrusão em nós, nos invadir, nos demolir, talvez. É a luz da aurora pascal que faz trincar o túmulo, assim como no estábulo do Natal abre-se uma fresta para a torrente das estrelas…”
Orai sem cessar: “Senhor, na tua luz veremos a luz!” (Sl 36,10)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca,com.br
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-27112016/

Oração Final
Pai Santo, prepara o nosso coração para acolher o Menino que veio, vem e virá. Ilumina o nosso entendimento para compreendermos a grandeza do Dom que Ele significa. Prepara o nosso espírito para que possamos seguir dignamente os passos do Cristo, teu Filho que se fez humano como nós em Jesus de Nazaré, para que compartilhássemos com Ele da tua Divindade.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php