domingo, 28 de maio de 2017

HOMÍLIA DOMINICAL - Mt 28,16-20 - (CANÇÃO NOVA) - 28/05/2017


OUÇA E/OU LEIA AGORA A HOMÍLIA DIÁRIA

Anunciemos o nome de Jesus a todos

Precisamos anunciar o nome do Senhor para que nos tornemos discípulos d’Ele

“Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mateus 28,19-20).

Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Caão Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova



LEITURA ORANTE DOMINICAL DO EVANGELHO DO DIA 28/05/2017



LEITURA ORANTE

Mt 28,16-20 - Ascensão de Jesus aos céus


Hoje é o dia da Ascensão do Senhor e também o
Dia Mundial das Comunicações Sociais.
Veja a Mensagem do papa Francisco para hoje.
Preparo-me para a Leitura Orante,
saudando, com todos os internautas,
a Santíssima Trindade, com a oração:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 28,16-20.
Os onze discípulos foram para a Galiléia e chegaram ao monte que Jesus tinha indicado. E, quando viram Jesus, o adoraram; mas alguns tiveram suas dúvidas. Então Jesus chegou perto deles e disse:
- Deus me deu todo o poder no céu e na terra. Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos.
Refletindo
O evangelista Mateus descreve de maneira magnífica a Ascensão de Jesus. O Mestre e os discípulos vão ao monte, na Galiléia, como se voltassem onde tudo começaram. "Chegaram ao monte". O monte simboliza a ascensão, onde o Mestre lançou seu manifesto inicial, descrito no Sermão da Montanha, em Mateus, capítulos 5 a 7. Foi onde também se transfigurou - Mateus 17. Os onze discípulos representam toda a Igreja de todos os tempos. Eles vêem o Ressuscitado e vão ser suas testemunhas. Jesus afirma sua "plena autoridade" quando diz: "Deus me deu todo o poder no céu e na terra". Assim, envia os discípulos a todos os povos. Não para serem mestres. Mas, para "fazer discípulos" de Jesus, seus seguidores.  Apresenta-lhes também o método de evangelizar: que comecem batizando-os em nome da Santíssima Trindade e despertando a vida de acordo com o ensinamento de Jesus. Termina, garantindo que estará com os que o seguem "todos os dias, até o fim".

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Fala da missão de todo cristão.
Meditando
Os bispos, na Conferência de Aparecida, disseram: "O amadurecimento no seguimento de Cristo e a paixão por anunciá-lo requerem que a Igreja local se renove constantemente em sua vida e ardor missionário. Só assim pode ser, para todos os batizados, casa e escola de comunhão, de participação e solidariedade. Em sua realidade social concreta, o discípulo tem a experiência do encontro com Jesus Cristo vivo, amadurece sua vocação cristã, descobre a riqueza e a graça de ser missionário e anuncia a palavra com alegria." (DAp 167).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Hoje é o 55º Dia Mundial das Comunicações. Leio a mensagem do Papa em http://paulinascomunica.blogspot.com/
e rezo o Ofertório pela Comunicação social
Senhor, ofereço-vos, em comunhão com toda a Igreja,
Jesus na Eucaristia e a mim mesmo, como oferenda permanente e agradável a vós.
- Em reparação pelas mensagens errôneas e comportamentos equívocos, divulgados pelos meios de comunicação.
- Para que regressem à casa do Pai aqueles que se afastaram, seduzidos por esses poderosos instrumentos.
- Pela conversão daqueles que no uso desses instrumentos, desconhecem os ensinamentos de Cristo e da Igreja, e desviam a humanidade  do caminho da salvação.
- Para que todos sigamos o único Mestre, que,  na plenitude do vosso amor, enviastes às pessoas, e que nos apresentastes, dizendo: “Eis o meu Filho amado. Ouvi-o!”
- Para que todos conheçamos e procuremos tornar conhecido Jesus, Palavra encarnada, o único e verdadeiro Mestre, o caminho seguro que nos leva a conhecer o Pai e a participar de sua vida.
- Para que aumentem, na Igreja, os sacerdotes, os consagrados e consagradas, os leigos e leigas que, através dos meios de comunicação anunciem aos homens a mensagem evangélica da salvação.
- Para que os comunicadores e comunicadoras – escritores, técnicos, divulgadores – sejam pessoas evangélicas, capacitadas em sua área de trabalho, e autênticas testemunhas de Cristo no campo da comunicação social.
- Para que as iniciativas católicas nesse setor, cresçam em número e eficácia, de tal modo que, promovendo os valores humanos e cristãos, superem tudo o que se opõe à salvação das pessoas.
- Para que nós, conscientes de nossos limites, nos aproximemos, com humildade e confiança, da fonte da vida, e nos alimentemos com a vossa Palavra e com a Eucaristia.
- Por todas as pessoas, nós vos pedimos, ó Pai, luz, amor e misericórdia.
(Ofertório Paulino)

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é voltado para a missão de motivar mais seguidores do Mestre Ressuscitado.

Bênção
A bênção do Deus de Sara, Abraão e Agar,
a bênção do Filho, nascido de Maria,
a bênção do Espírito Santo de amor,
que cuida com carinho,qual mãe cuida da gente,
esteja sobre todos nós. Amém!

Ir. Patricia Silva, fsp
irpatricias@gmail.com

Leitura Orante
Ascensão, 28 de maio de 2017

ASCENSÃO: subir à Galiléia, descer em direção ao vasto mundo

“Os onze discípulos foram para a Galiléia,
ao monte que Jesus lhes tinha indicado” (Mt 28,16)

Texto Bíblico: Mateus 28,16-20

1 – O que diz o texto?

Os três dias para a Ressurreição, os quarenta dias para a Ascensão, os cinquenta dias para a vinda do Espírito Santo, não são tempos cronológicos, mas teológicos. Eles nos revelam a maneira de ser de Deus, não o tempo em que Ele atua.
A Ascensão nos faz refletir sobre um aspecto do mistério pascal. Trata-se de descobrir que a posse da Vida por parte de Jesus é total. Participa da mesma Vida de Deus e, portanto, está no mais alto do “céu”.
Hoje culmina o tempo de páscoa com a celebração da festa da Ascensão de Jesus. “Ressurreição”, “Ascensão”, “sentar-se à direita de Deus”, “envio do Espírito Santo”, são todas realidades pascais; constituem um só “mistério” que está fora do alcance dos sentidos e do nosso conhecimento.
O mistério pascal é tão rico que não podemos abarcá-lo com uma única imagem; por isso temos que desdobrá-lo para ir aprofundando calmamente e expressá-lo no nosso modo de viver o seguimento de Jesus.
Segundo o relato de Mateus, indicado para a festa deste ano, não há ascensão propriamente dita, mas revelação e presença do Senhor Jesus na Montanha da Galiléia, com sua palavra, sua presença e seu envio missionário.
Esta eleição da Galiléia é muito provocativa. Galiléia remete à vida histórica de Jesus. No centro da Galiléia se eleva a montanha da nova e definitiva revelação de Deus em Jesus Cristo; essa montanha é coração e centro permanente da terra.
O evangelista Mateus quer ressaltar que a Judéia (Jerusalém) havia rejeitado Jesus e já não era o lugar onde alguém devia encontrar-se com o Ressuscitado.
Jesus não ressuscita nem triunfa em Jerusalém, mas na “montanha da Galiléia”, ou seja, naqueles que foram os lugares e paisagens de sua vida. Jesus foi a Jerusalém para dar testemunho e manter seu projeto, sendo ali assassinado. Por isso, o evangelho não pode começar em Jerusalém, com seu templo, sacerdotes, soldados, mas na Galiléia, o lugar das pessoas que sofrem e que são excluídas, que buscam e escutam a Palavra.
Galiléia significa a terra da história de Jesus: ali sua palavra é escutada, ali sua mensagem é vivida.
Mas, ao mesmo tempo, Galiléia aparece nesta passagem como ponto de partida de um caminho que deve dirigir-se ao conjunto dos povos. Assim, desde a obscura província de Jesus, se expandirá um caminho salvador universal que está fundado na experiência de sua Páscoa.
Na Ascensão, Jesus nem partiu nem se ausentou; não nos deixou órfãos nem solitários. Ele permanece para sempre entre nós pelo seu Espírito Santo: no céu, na terra e em todo lugar. E principalmente conosco e em cada um de nós; não só está ao nosso lado, mas também dentro de nós, “fazendo morada em nós”.

2 – O que o texto diz para mim?

"Aquele que desceu é o mesmo que subiu acima dos céus para plenificar o universo com sua presença". (Ef 4, 10)
A citação de São Paulo apóstolo, vem desfazer uma certa tendência a considerar Jesus na Ascensão como alguém que partiu, que me deixou, que está mais acima, “no céu”, enquanto que eu fico aqui “gemendo e chorando neste vale de lágrimas”. Não é assim. Não posso continuar pensando em um Jesus subindo fisicamente para além das nuvens.
Para poder entender a festa da Ascensão, devo voltar ao tema central da Páscoa. Estou celebrando a Vida, essa Vida que não está sujeita ao tempo e ao espaço, que é plenitude, eterna e imutável.
Jesus não vai a nenhum lugar, senão que permanece com os seus (“estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”). Isso significa que Ele ressuscita e atua em seus amigos e amigas, naqueles que vivem e espalham, com suas vidas, a Grande Mensagem de vida.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

Recordo as experiências das Aparições do Ressuscitado, onde Jesus foi me ensinando como me encontrar com Ele e a estar com Ele: na “Palavra”, na “fração do pão”, na “Eucaristia”, compartilhando minha vida, como pão de vida para os outros, no “perdão salvador”, no “serviço”, nos “sacramentos”, no “próximo”, na “missão evangelizadora e apostólica”, na “construção do Reino”, no mundo e na realidade social na qual vivo, praticando a fraternidade e justiça social, segundo “os sinais dos tempos”, etc.
Na Ascensão, não se trata tanto de “vir e regressar”. Os espaços não existem para Deus. Trata-se de diferentes modos de presença. Mais que “subida” e afastamento, a Ascensão de Jesus é “descida e presença”. Sua presença expansiva alcança uma profundidade e uma longitude que sua presença física não pudera alcançar. Assim posso encontrá-Lo em todos os lugares e em todas as pessoas.
Jesus desce com os seus da montanha do evangelho para estender entre todos os povos sua presença. Está com os seus, neles, com eles... Esta é sua Ascensão, sua grande “descida”.
Ele não permanece na Montanha para construir ali uma pirâmide ou templo, uma grande corte pascal, mas para reunir os seus e enviá-los, e descer, estar com eles em todo o mundo.
Estes “onze” da Ascensão são (somos) todos, homens e mulheres na Montanha do Evangelho, para começar de novo, desde a periferia do mundo, como humanidade nova, como grupo, unidos no amor, todos e todas formando a grande comunidade da nova montanha da vida.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Senhor, na Ascensão, enquanto Jesus “sobe” ao Pai, eu “desço” à realidade para transformá-la, tornando presente o Reino.
Quando amo, cuido, sirvo... Também me elevo. E o que me eleva está em meu interior: eu me elevo à medida que desço em direção à humanidade.
Como Jesus, a única maneira de alcançar a meta é descendo até o mais fundo.
Aquele que mais “desceu”, é também Aquele que mais alto “subiu”.
Muitas vezes prefiro seguir um Jesus no “céu”, distante, glorificado, a quem rendo honras.
Descobri-Lo dentro de mim mesma, nos outros e no mundo é demasiado exigente e comprometedor.
Muito mais cômodo é continuar “olhando para o céu...” e não me sentir implicada naquilo que está acontecendo ao meu redor.
De fato, Ascensão significa o início da missão da nova comunidade ressuscitada.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

“Homens da Galiléia, porque ficais aqui parados, olhando para o céu” (Atos 1,11)
Assim como o apóstolo Paulo:
Olhar a terra e todas as pessoas, ver suas lágrimas e angústias.
Assumir tudo como algo próprio dos discípulos e discípulas de Jesus.
Ocupar em transformar toda a realidade com os valores do Reino.
Inspirar homens e mulheres a ser presença do amor e da justiça junto àqueles que mais sofrem.
Despertar a vida atrofiada e escondida naqueles que perderam o sentido de sua existência.
Prolongar em suas vidas aquela presença original de Jesus...
A tarefa fundamental que Jesus me confia é clara: “fazer discípulos” seus todos os povos.
Não se trata de ensinar doutrinas, nem ritos, nem normas morais, mas de ativar em todos uma maneira alternativa de viver, centrada no modo de proceder do próprio Jesus, ou seja, trabalhar para que no mundo haja homens e mulheres que vivam como discípulos e discípulas d’Ele, seguidores e seguidoras que aprendam a viver como Ele; que o acolham como Mestre e não deixem nunca de aprender a ser livres, justos, solidários, construtores de um mundo mais humano.

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: Mateus 28,16-20
Pe. Adroaldo Palaoro, sj – reflexão do Evangelho.
Desenho: Osmar Koxne

Sugestão:
Música: Fazei discípulos – Fx 07 (05:22)
Autor: Dom Pedro Brito Guimarães e Frei José Moacy Cadenassi
Intérpretes: Paulinho Campos - Marcelo Mattos – Ringo - Vera Veríssimo - Rita Kfouri
CD: Alegria de ser Missionário
Gravadora: Paulinas Comep

Fonte: Pe. Adroaldo Palaoro, sj
Postado por: admin_radio

HOMÍLIAS DOMINICAL DO EVANGELHO, COMENTÁRIOS DOMINICAL DO EVANGELHO, REFLEXÕES DOMINICAL DO EVANGELHO DO DIA 28/05/2017

Ano A


Mt 28,16-20

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Hoje, Jesus chega ao ponto máximo de sua glorificação: sobe aos céus e senta-se à direita do Pai e recebe toda autoridade, seja na terra como no céu. Hoje, ele termina sua missão aqui e, antes de subir, prepara seus discípulos para continuarem o que ele começou: implantar o Reino de Deus no meio dos homens. Para isso promete-lhes o mesmo Espírito Santo que ele tinha recebido. Deverão levar sua Palavra de vida e serem suas testemunhas no meio de todas as nações com a força desse mesmo Espírito que ele lhes iria enviar junto com o Pai. Hoje, dia Mundial das Comunicações Sociais, rezemos para que os meios de comunicação implantem, na mente e no coração de todos, os valores do Reino e rezemos também nesta semana para que os cristãos de todas as denominações religiosas trabalhem unidos, sem brigas, para que o mundo creia que Jesus foi o enviado do Pai.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, hoje Jesus sobe aos céus e, após a sua ressurreição, encerra seus encontros e aparições aos discípulos, que serviram para fortalecer-lhes a fé e explicar-lhes a missão. Despedindo- se, o Senhor promete enviar o seu Espírito e, por Ele, permanecer na Igreja por meio da Palavra anunciada e dos sacramentos. Iniciamos hoje a Semana de Oração pela unidade dos cristãos. Peçamos ao Senhor a graça de vivermos unidos em seu amor. Também hoje, alegramo- nos com todos os meios de comunicação que, no mundo, divulgam a verdade e colaboram com o anúncio do Evangelho.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Interpretando teologicamente a Ascensão de Jesus, recomendam os anjos que não se fique a olhar para o céu, mas que se espere e prepare a volta gloriosa do Senhor. Esta é, até o fim dos tempos, a missão da Igreja, em tensão entre o visível e o invisível, enbtre a realidade presente e a futura cidade para a qual caminhamos. A ascensão do Cristo é a nossa ascensão; já que o Corpo é convidado a elevar-se até a glória em que o precedeu a cabeça, vamos cantar nossa alegria, expandir em ação de graças todo o nosso júbilo. Hoje, não apenas conquistamos o paraíso, mas, no Cristo, penetramos nos mais altos céus.

Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo, cantemos cânticos jubilosos ao Senhor!
Fonte: NPD Brasil

Comentário do Evangelho

A ascensão de Jesus é nossa vitória.

Na oração da coleta deste dia, rezamos: “Ó Deus, a ascensão do Vosso Filho já é nossa vitória”. Celebramos a vitória de Jesus Cristo sobre o mal e todas as suas manifestações e sobre a morte. Dessa vitória todos somos herdeiros, pelos méritos de Cristo. Essa vitória de Cristo nos faz compreender que o mal e a morte não têm mais poder, eles foram vencidos pelo Senhor ressuscitado dentre os mortos.
O texto dos Atos dos apóstolos de hoje é importante para compreender a mensagem da ascensão do Senhor. Ao longo de quarenta dias, depois da ressurreição, o Senhor aparecia aos discípulos e os instruía pelo Espírito Santo. O Senhor continua a estar presente e a falar com os seus, mas agora não de viva voz e em carne e osso, podemos dizer, mas pelo Espírito Santo. O Espírito Santo torna o Cristo presente aos seus discípulos e atual as suas palavras. Agora, é através do Espírito Santo que o Senhor continua a revelar o desígnio salvífico de Deus. O relato da ascensão não se oferece ao nosso olhar; trata-se de uma profissão de fé: ressuscitado dos mortos, Jesus Cristo foi elevado ao céu onde está sentado à direita do Pai. O relato tem por finalidade ser um apoio para a intelecção da fé e o aprofundamento do mistério da ressurreição. O passivo divino usado para dizer da elevação de Jesus (vv. 9.11) indica que é o Pai quem o elevou. A nuvem que envolve o Ressuscitado (v. 9) é para a tradição bíblica símbolo da presença de Deus que acompanha o seu povo (cf. Ex 13,22). A nuvem que envolve o Senhor é um modo de dizer que Jesus ressuscitado entra no mistério de Deus, no que é seu, antes da criação do mundo. Os dois mensageiros celestes são um apoio para compreender que, agora, com seu corpo glorioso, o Senhor não é encontrado no alto, mas na nossa própria humanidade, em todos os lugares e situações, no cotidiano da existência humana. É pela fé que vemos e encontramos o Senhor, em meio às vicissitudes da história. Pela fé a elevação de Jesus Cristo não é sentida como ausência, mas como uma forma de presença.
O evangelho deste domingo nos diz que é o Ressuscitado que está na origem da universalidade da missão da Igreja. A presença permanente do Senhor é o sustento dessa missão.
Oração
Pai, que a certeza da presença de teu Filho Jesus seja estímulo para o cumprimento da missão que recebi: a de proclamar o Reino a todos os povos.
Fonte: Paulinas em 01/06/2014

Vivendo a Palavra

E assim a Palavra – Verbo de Deus feito carne em Jesus de Nazaré – continua presente no mundo, na pessoa dos seus discípulos missionários, encarregados pelo Mestre de fazer com que todos os povos sigam o seu Caminho. Oxalá nossos nomes estejam contados entre esses felizes discípulos!

Recadinho

Como temos vivido nossa vocação missionária? - Como vive sua fé? De modo indiferente, apático, tranquilo, acomodado, atuante? - De que modo Cristo está com você? - Você ensina? Como? - É fácil testemunhar a fé?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 01/06/2014

Meditando o evangelho

A MISSÃO UNIVERSAL

A Ascensão descortinou para os apóstolos um vasto campo de missão que abrangia o mundo inteiro e toda a humanidade. Uma vez concluída a caminhada terrena do Messias, urgia levar adiante esta missão, para que todos pudessem beneficiar-se da salvação realizada por ele.
Enviados pelo poder que Jesus recebeu do Pai, os apóstolos deveriam partir, dispostos a caminhar por todas as estradas do mundo, e a anunciar a Boa-Nova da salvação a quantos encontrassem. Ninguém podia ser deixado de lado, pois a salvação é um direito de todos.
O sinal de adesão a Jesus dar-se-ia no batismo feito “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Seria a forma de vincular toda a humanidade com o Pai, por meio de Jesus, na força do Espírito Santo. Desta comunhão de amor deveria surgir uma humanidade nova, fundada na filiação divina e na fraternidade.
Os apóstolos tinham como tarefa levar os novos discípulos a pautar suas vidas pelos ensinamentos do Mestre. Nada de novas doutrinas! Bastaria ensinar os batizados a observar tudo quanto Jesus lhes havia ensinado: nada mais do que amar a Deus e ao próximo, como fora explicitado no Sermão da Montanha.
Uma certeza deveria animar os apóstolos: o Ressuscitado estaria para sempre junto deles, incentivando-os a serem fiéis à missão. Portanto, nada de se deixarem abater pela grandiosidade e pelas exigências da tarefa recebida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que a certeza da presença de teu Filho Jesus seja estímulo para o cumprimento da missão que recebi: a de proclamar o Reino a todos os povos.

COMUNICAR COISAS BOAS

Neste Domingo da Ascensão, a Igreja lembra que Jesus, antes de se elevar ao céu, enviou os apóstolos em missão para comunicarem o Evangelho a todas as criaturas. O Evangelho é boa notícia, alegre anúncio de salvação para todos! Na sua Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, comemorado hoje pela Igreja, o Papa Francisco reflete um tema importante: comunicar a boa notícia.
“A todos quero exortar a uma comunicação construtiva, que, rejeitando os preconceitos contra o outro, promova uma cultura do encontro por meio da qual se possa aprender a olhar, com convicta confiança, a realidade. Creio que há a necessidade de romper o círculo vicioso da angústia e de deter a espiral do medo, resultante do hábito de se fixar a atenção nas «notícias más» (guerras, terrorismo, escândalos e todo o tipo de fracasso nas vicissitudes humanas). Não se trata, naturalmente, de promover desinformação, ignorando o drama do sofrimento, nem de cair num otimismo ingênuo, que não se deixe tocar pelo escândalo do mal”.
E o Papa nos encoraja a “ultrapassar aquele sentimento de mau-humor e resignação que muitas vezes se apodera de nós, lançando-nos na apatia, gerando medos ou a impressão de não ser possível pôr limites ao mal. Aliás, num sistema comunicador baseado na lógica de que uma notícia boa não desperta a atenção e, por conseguinte, não é uma notícia, e onde o drama do sofrimento e o mistério do mal facilmente são elevados a espetáculo, podemos ser tentados a anestesiar a consciência ou cair no desespero”.
São valiosas essas palavras do Papa Francisco, que nos convida a não ceder à tentação de ficar procurando e espalhando notícias negativas e a sermos criativos e corajosos na comunicação de coisas boas. E há muita coisa boa para se comunicar! Vale para os comunicadores dos grandes Meios de Comunicação; mas também para os pequenos comunicadores do Facebook, Twitter, Whatsapp, Email, Instagram... Vale para as nossas conversas pessoais. Sejamos comunicadores do bem!
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Mandato Missionário
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Dia desses alguém me perguntava, por que razão o evangelista Mateus não fala da Ascensão de Jesus, parece que a parte mais importante ele omite, justo o final Feliz de toda História: Jesus vai subindo e sumindo entre as nuvens, glorioso e vencedor! Alguns mais radicais até acham que esse evangelho nem deveria entrar na Liturgia desse Domingo da Ascensão. Então aqui entram os admiradores de São Lucas, esse “caprichou” na narrativa, narrou em Atos, que é a primeira leitura desse domingo, e repetiu em seu segundo evangelho. Só faltou uma câmara digital para filmar Jesus subindo... Que coisa linda! Claro que esta cena cinematográfica não está no centro das atenções de nenhum dos nossos evangelistas, mas em todos eles, direta ou indiretamente há algo bem mais importante que eles transmitiram as suas comunidades e também as nossas: a História de Jesus, e principalmente a sua missão, terá continuidade!
Não podemos limitar a Festa da Ascensão apenas a essa “subida” de Jesus entre as nuvens, mesmo porque os terrnos são confusos á luz da razão humana, afinal, Jesus foi ou ficou? Pois se Ele foi, não pode ter ficado, e se ficou, então não foi. Esquecemos que Deus é Onipresente e atemporal, não há um antes e um depois nessa história. Pois se Jesus não usa dessa pedagogia própria, nem os seus discípulos e nem nós entenderíamos absolutamente nada. Também é bom esclarecer que a sua presença em nosso meio não em um “Faz de Conta”, um sonho bonito que alimentamos, quando, por exemplo, perdemos um ente querido e afirmamos convictos que sentimos a sua presença junto de nós. Jesus não está vivo entre nós, porque evocamos a sua lembrança, a sua presença é real, embora mística. Ele nunca saiu da Direita do Pai e também nunca saiu do nosso meio, o que muda aos nossos olhos é apenas o modo de se fazer presente, pois se a presença do Senhor em sua Igreja fosse apenas uma bela Utopia, a Igreja teria sucumbido nos primeiros quatro séculos de sua história, quando teve contra si a força destruidora do poderoso império romano.
Quando assumimos algum empreendimento humano, logo queremos saber o que vamos ter que fazer, qual vai ser o nosso papel. O Cristão Discípulo de Jesus já tem essa resposta sobre o que fazer “...Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-nos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei” E Jesus ordenou tantas coisas, seu ensinamento é tão denso, como é que a gente vai se lembrar - poderá argumentar alguém. “Eu vos dou um novo mandamento....” . Pronto! Aqui temos a missão da Igreja, anunciar o evangelho que conduz o ouvinte á prática do maior de todos os mandamentos: o amor aos irmãos e irmãs.
Todas as pastorais e movimentos, associações, ordens religiosas, ministérios e tudo mais que há no contexto da Igreja, deve estar direcionado para este mandato; Anunciar o Evangelho é essa a missão primária da Igreja, se o trabalho na em comunidade não tem esse objetivo há algo errado. Nenhuma pastoral ou Movimento deve anunciar a si mesmo, mas o Evangelho de Cristo, e qualquer modelo de espiritualidade deve ser sempre um incentivo ao cumprimento dessa missão. A Igreja no início do Novo Milênio começou a tomar consciência de que tinha se omitido dessa sua missão primária, as paróquias passaram a ser Postos de Atendimento Religioso e Distribuidora de Sacramentos. Por conta disso alguns movimentos que trabalham o querígma, cresceram na nossa Igreja, em uma ação do Espírito Santo, graças a Deus que isso aconteceu, acho até, que foi um “puxão de orelha” em nossas paróquias, que agora, em uma nova visão pastoral vão elaborando planos que contemplam esse resgate da Missão evangelizadora fazendo um anúncio que leve o ouvinte a esta experiência profunda com a Pessoa de Jesus Cristo, chega de fórmulas doutrinárias e conceitos clássicos decorados ou mal digeridos! Chega de tanta omissão, precisamos de Paróquias evangelizadoras cada vez mais!
É este o apelo nas entrelinhas do cérebre Documento de Aparecida, que deve ser o Livro de Cabeceira de todos os que se propor a viver um cristianismo mais autêntico. É normal questionar, se uma Igreja imperfeita e pecadora conseguirá dar conta dessa missão de tão grande importância, uma comunidade Santa e forte na Fé daria melhor conta desse recado. Mateus não se ilude a esse respeito, nas primeiras comunidades não faltavam pessoas fervorosas que reconheciam em Jesus o único Deus e Senhor, prostrando-se diante dele, mas havia também os fracos na Fé, que ainda duvidavam tal qual acontece ainda hoje em nossas comunidades. Jesus não deu a missão apenas aos fervorosos, mas a todos os que participam da comunidade, pois é isso eu define o “Ser Cristão”, anúncio e testemunho! (Festa da Ascensão do Senhor)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Eis que estou convosco todos os dias...
(O comentário do Evangelho aEste é o meu filho amado, escutai-o!baixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

"A primeira vinda de Jesus foi na pobreza de Belém. Na vinda definitiva, ele virá como o Senhor da glória. Enquanto ele não vem, trabalhamos em favor do Reino. Ao subir ao céu, garantiu que ficaria conosco até o fim dos tempos e nos enviaria outro Consolador, o Espírito Santo. Trabalhamos com a certeza da vitória porque a sua ascensão já é a nossa vitória. Sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, introduziu no mundo de Deus a nossa natureza humana. Nele, nós já estamos lá. Nossa humanidade está junto do nosso Deus. Nossos corações se voltam para o alto descortinando o horizonte que nos espera. Vendo pela fé o invisível, administramos com equilíbrio e coragem as coisas visíveis. Adquirimos o bom senso do Espírito, que nos permite discernir o que é melhor em cada decisão a ser tomada. Na ascensão do Senhor nossa vida se renova e tem sentido.
Jesus foi levado ao céu à vista dos seus apóstolos e discípulos. Uma nuvem o envolveu e não o viram mais. Aparecem então dois homens vestidos de branco, que perguntam por que os discípulos estão ali, parados, olhando para o céu. Depois da sua ressurreição, Jesus ficou ainda quarenta dias com os discípulos, instruindo-os sobre o Reino de Deus. Antes de partir, fez com eles uma refeição e lhes deu suas últimas recomendações: “Fiquem em Jerusalém e esperem a vinda do Espírito Santo”. Os discípulos não entendiam bem o que Jesus lhes dizia nem compreendiam tudo o que estava acontecendo. Jesus lhes falara do Reino, mas o reino que eles esperavam era o de Israel, por isso perguntaram a Jesus: “É agora que o senhor vai restaurar o reino para o povo de Israel?”.
A carta aos efésios não descreve a ascensão de Jesus, mas diz que Deus manifestou a sua força quando o ressuscitou e o fez sentar-se à sua direita nos céus. Sentado à direita do Pai, ele está acima de tudo e é agora a Cabeça da Igreja, o seu corpo.
São Mateus também não fala da ascensão de Jesus. Ele termina o seu Evangelho com as últimas recomendações de Jesus e uma rápida despedida. Jesus ressuscitado está na Galileia. Muitos discípulos ainda não o tinham visto e, como não inventaram a ressurreição, duvidavam se era ele mesmo. Jesus lhes diz com firmeza: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Vão pelo mundo afora e façam discípulos meus todos os povos, batizem em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e ensinem o que eu ensinei”. E ele promete estar conosco todos os dias, até ao fim do mundo."
Fonte: NPD Brasil

VEJA MAIS EM:
HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 01/06/2014

REFLEXÕES DE HOJE


28 DE MAIO-DOMINGO

VEJA AQUI MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO
http://homiliadominical2.blogspot.com.br/

HOMILIA DIÁRIA

Nossa missão é formar discípulos dispostos a servir a Deus

Nós somos batizados na autoridade do Pai, do Filho e do Espírito Santo; somos mandados ao mundo para servir a Deus e para formar outros discípulos.
“Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta” (Salmo 46).
O Salmo 46 da liturgia de hoje nos aponta o significado da festa que nós celebramos: a Ascensão do Senhor aos Céus, um acontecimento glorioso, magnífico, é a glorificação do Cristo Nosso Deus por toda a Sua vida aqui na Terra. Ele, agora, depois de quarenta dias no meio de nós [após Sua Ressurreição], sobe à presença dos anjos e é glorificado por Deus no céu e está à direita do Pai, ao lado do qual Ele cuida de nós, conduz Sua Igreja e Seus discípulos. E, antes da Sua Ascensão aos Céus, o Senhor nos dá algumas recomendações a nós que somos discípulos d’Ele:
“Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mateus 28, 20).
Começo pela última parte dessa passagem bíblica, com a certeza de que o Senhor está conosco todos os dias, de que nós não estamos sozinhos, não somos órfãos, nós não fomos abandonados; pelo contrário, a presença amorosa de Deus se faz presente em nós. Jesus está entre nós pela Sua Palavra, a Palavra viva de Deus é a presença d’Ele entre nós. Jesus está entre nós na Eucaristia, é Seu Corpo e Seu Sangue. Jesus está entre nós quando nos reunimos em Seu nome, quando dois ou três estão reunidos em Seu nome, Ele se faz presente entre nós.
O Senhor está presente na comunidade e na família que se reúne para glorificar o Seu nome, está presente no meio do Seu povo; o Senhor caminha conosco na nossa solidão, na nossa oração pessoal, quando invocamos o Seu nome, a Sua presença está entre nós. E assim como o Senhor está em nós e entre nós, precisamos levá-Lo aos outros, pois Ele nos ordena a fazer discípulos entre todos os povos.
A nossa missão é sermos discípulos e formar discípulos do Senhor! O discípulo é aquele que faz parte da escola de Jesus e aprende com Ele; e tudo o que aprende do Senhor ensina aos outros, forma os outros. A vida nova, que o Senhor trouxe para nós, precisamos levá-la aos outros. Nós somos batizados na autoridade do Pai, do Filho e do Espírito Santo; somos mandados ao mundo para formar outros discípulos.
Faça discípulos em sua casa, na sua família, faça discípulos entre os seus; onde quer que você esteja seja um missionário, seja audacioso em anunciar e proclamar que Jesus é o Senhor da nossa vida! Ele que subiu ao toque da trombeta, Ele está no meio de nós, conduzindo nossos passos para permanecermos sempre em Sua presença até a nossa vida eterna junto com Ele.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/06/2014

Oração Final
Pai Santo, dá-nos consciência de que estás presente no mundo através da tua maravilhosa Criação e da nossa humilde presença. Que saibamos ver-Te nos irmãos e sejamos para eles sinais vivos do teu Amor de Pai que também é Mãe. Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.