domingo, 29 de julho de 2018

LEITURA ORANTE DOMINICAL DO EVANGELHO DO DIA - 29/07/2018



LEITURA ORANTE

Jo 6,1-15 - O pão foi multiplicado e todos comeram


Preparo-me para este momento mais importante do meu dia, invocando o Espírito Santo para mim e para todos e todas que fazem esta mesma oração, aqui na rede da internet.
Vinde, Espírito Santo, e dai-nos o dom da sabedoria, para que possamos avaliar todas  as coisas à luz do Evangelho e ler nos acontecimento da vida os projetos de amor do Pai.
Dai-nos o dom do entendimento, uma compreensão mais profunda da verdade,
a fim de anunciar a salvação com maior firmeza e convicção.
Dai-nos o dom do conselho, que ilumina a nossa vida e
orienta a nossa ação segundo vossa Divina Providência.
Dai-nos o dom da fortaleza. sustentai-nos, no meio de tantas dificuldades, com vossa coragem, para que possamos anunciar o Evangelho.
Dai-nos o dom da Ciência, para distinguir o único necessário das coisas meramente importantes.
Dai-nos o dom da piedade, para reanimar sempre mais nossa íntima comunhão convosco.
E, finalmente, dai-nos o dom do vosso santo temor, para que, conscientes de nossas fragilidades, reconheçamos a força de vossa graça.
Vinde, Espírito Santo, e dai-nos um novo coração. Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto?
Faço a leitura lenta e atenta do texto da Palavra do dia na minha Bíblia: Jo 6,1-15.
Depois disso, Jesus atravessou o lago da Galileia, que também é chamado de Tiberíades. Uma grande multidão o seguia porque eles tinham visto os milagres que Jesus tinha feito, curando os doentes. Ele subiu um monte e sentou-se ali com os seus discípulos. A Páscoa, a festa principal dos judeus, estava perto. Jesus olhou em volta de si e viu que uma grande multidão estava chegando perto dele. Então disse a Filipe:
- Onde vamos comprar comida para toda esta gente?
Ele sabia muito bem o que ia fazer, mas disse isso para ver qual seria a resposta de Filipe.
Filipe respondeu assim:
- Para cada pessoa poder receber um pouco de pão, nós precisaríamos gastar mais de duzentas moedas de prata.
Então um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse:
- Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos. Mas o que é isso para tanta gente?
Jesus disse:
- Digam a todos que se sentem no chão.
Então todos se sentaram. (Havia muita grama naquele lugar.) Estavam ali quase cinco mil homens. Em seguida Jesus pegou os pães, deu graças a Deus e os repartiu com todos; e fez o mesmo com os peixes. E todos comeram à vontade. Quando já estavam satisfeitos, ele disse aos discípulos:
- Recolham os pedaços que sobraram a fim de que não se perca nada.
Eles ajuntaram os pedaços e encheram doze cestos com o que sobrou dos cinco pães.
Os que viram esse milagre de Jesus disseram:
- De fato, este é o Profeta que devia vir ao mundo!
Refletindo
Jesus ficou sabendo que queriam levá-lo à força para o fazerem rei; então voltou sozinho para o monte.
A reflexão e os cálculos dos apóstolos são muito racionais e funcionalistas.
Jesus faz o milagre, a partir de um menino que coloca em comum tudo o que tem - cinco pães e dois peixes. Com certeza, o gesto de desprendimento do menino, que nada segurou para si, permitiu a realização do milagre! O pão foi multiplicado, todos comeram e ainda sobrou! É a lógica da gratuidade, do amor, do olhar mais para o outro do que para si mesmo, o olhar da fé.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Seguro alguma coisa que não quero partilhar, dividir?
Minha lógica e do acúmulo, da centralização, do cada um por si ou e a lógica de Jesus, da partilha, da mão que se abre?
É a atitude da fé?
Meditando
Os bispos, em Aparecida, disseram:
"Diante da exclusão, Jesus defende os direitos dos fracos e a vida digna de todo ser humano. De seu Mestre, o discípulo tem aprendido a lutar contra toda forma de desprezo da vida e de exploração da pessoa humana. Só o Senhor é autor e dono da vida. O ser humano, sua imagem vivente, é sempre sagrado, desde a sua concepção até a sua morte natural; em todas as circunstâncias e condições de sua vida. Diante das estruturas de morte, Jesus faz presente a vida plena. “Eu vim para dar vida aos homens e para que a tenham em abundância” (Jo 10,10). Por isso, cura os enfermos, expulsa os demônios e compromete os discípulos na promoção da dignidade humana e de relacionamentos sociais fundados na justiça." (DAp 112).

3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Meu coração já está em sintonia com o coração de Jesus.
Vivo este momento em silêncio.
Depois, concluo com a canção (que pode ser rezada):
TEM GOSTO DE DEUS
Pe. Zezinho, scj
Tem gosto de Deus
O pão que a gente parte e reparte
Tem gosto de céu
O pão que se ganhou com suor
Tem gosto de paz
O pão que o povo não desperdiçou
Tiveste pena do povo
Mandaste dar de comer
Alguém falou que era pouco
Tu nem quiseste saber
Mandaste o povo sentar
Mandaste alguém começar
Alguém te obedeceu
Foi milagre, foi milagre, o milagre aconteceu!
Tem gosto de amor
O pão que a gente come lá em casa
Tem gosto de fé
O pão que a gente come no altar
Tem gosto de luz
O pão e o vinho que dão Jesus!
Tem gosto de dor
O pão que vale mais que o salário
Tem gosto de mel
O pão que o meu trabalho ganhou
Tem gosto de fel
O grão de trigo que o país perdeu!
(CD Quando a gente encontra Deus, Paulinas COMEP)

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de fé, para os outros, para as pessoas que encontrar no dia de hoje. Minhas mãos vão estar abertas como as do menino do Evangelho.

nção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp
irpatricias@gmail.com

Leitura Orante
17° Domingo Tempo Comum, 29 de julho de 2018


O pão mais saboroso é aquele que compartilhamos

“Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados...” (Jo 6,11)

Texto Bíblico: João 6,1-15

1 – O que diz o texto?

No domingo passado, o relato evangélico de Marcos nos deixou às portas da multiplicação dos pães. Em seu lugar, a liturgia insere, a partir deste domingo, todo o capítulo 6 do evangelho de João. É o mais longo e denso capítulo de todos os evangelhos, e que vai ocupar os próximos cinco domingos. Em seus 71 versículos, partindo da multiplicação dos pães, João elabora toda uma teologia do seguimento. No fundo trata-se de um processo de iniciação catequética, que na primitiva comunidade cristã duravam vários anos e que, no final inspirava o catecúmeno a tomar uma decisão definitiva: o batismo.
João, o evangelista dos detalhes, começa trazendo um dado interessante: “Jesus foi para o outro lado do mar da Galiléia”. Ao passar para a outra margem, Jesus desencadeia um movimento inspirador: não podemos nos limitar a ver as coisas a partir das margens conhecidas. É preciso deslocar-nos para a outra margem, para ver as coisas sob outra perspectiva, com um olhar mais amplo.
Jesus desvela o perigo de fechar-nos no próprio grupo, nas próprias ideias, doutrinas e considerar-nos como donos da verdade; somos sempre tentados a instalar-nos no conhecido e custa abrir-nos a outras percepções. É preciso fazer a travessia para deixar-nos interpelar pelo novo, colocar em questão nossa própria visão e compreensão da vida e enriquecer-nos com outros pontos de vista: a dos pobres e marginalizados.
O Evangelho não é para acomodados ou para aqueles que têm medo de fazer a travessia; o Evangelho é para fazer estrada, viver em atitude de saída. Sair dos lugares conhecidos, rotineiros, estreitos e abrir-nos às surpresas dos lugares novos.
Outro dado instigante, apresentado no evangelho deste domingo: não basta ver a fome nas fotos, embora as fotos costumem “doer”. O importante é ver os rostos famintos. Jesus não é daqueles que, quando passa junto ao faminto, baixa os olhos para não ver. Jesus “levantou os olhos e viu uma grande multidão”.
Segundo a versão de João, Jesus é o primeiro que pensa na fome daquela multidão que acudiu para escutá-lo. Ela precisa comer e é preciso fazer algo. Assim era Jesus. Vivia pensando nas necessidades básicas do ser humano.
Jesus é daqueles que, quando descobre que a multidão tem fome, busca respostas, busca soluções. “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?”

2 – O que o texto diz para mim?

A solução de Felipe é aquela que a maioria tem às mãos: só vê a dificuldade e, inclusive, a impossibilidade de encontrar uma saída para a situação. Ele recorda que o grupo não tem dinheiro. Entre os discípulos, todos são pobres: não podem comprar pão para tantos.
Jesus sabe disso. Os que têm dinheiro não resolverão nunca o problema da fome no mundo. É preciso algo mais que dinheiro. A solução de Jesus é abrir outra possibilidade: Ele vai ajudá-los a vislumbrar um caminho diferente. Antes de qualquer coisa, é necessário que ninguém monopolize o seu alimento para si mesmo, quando há outros que passam fome. Seus discípulos terão que aprender a pôr à disposição dos famintos o que têm, mesmo que sejam só “cinco pães de cevada e dois peixes”.
Jesus ensina que a dinâmica do Reino é a arte de compartilhar. Talvez todo o dinheiro do mundo não seja suficiente para comprar o alimento necessário para todos os que passam fome... O problema não se soluciona comprando, o problema se soluciona compartilhando.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

O pão nas mãos de Jesus era pão para ser partido, repartido e compartilhado.
O pão armazenado, como o maná no deserto, se corrompe, apodrece.
Também hoje Ele precisa de minhas mãos para multiplicar os grãos; precisa de minhas mãos para triturar esses grãos, amassar a farinha e fazer o pão. E precisa de meu coração para que o pão seja repartido.
O pão sem coração é pão “monopolizado”. Pão indigesto, que engorda o egoísmo.
O pão sem coração gera divisões e conflitos. Quantas guerras fratricidas provoca o pão sem coração!
Deus precisa de meu coração para que o pão leve o sinal da fraternidade, seja vitamina de solidariedade, alimento de comunhão, para que posso comungar.
No pão compartilhado, encontro a luz da vida. “Se partes teu pão com o faminto... brilhará tua luz como a aurora” (Is. 58,7-8).
Uma refeição fraterna foi servida por Jesus a todos, graças ao gesto generoso de um menino, com seus cinco pães de cevada (pão dos pobres) e dois peixes.
Para Jesus, isso é suficiente. Esse menino, sem nome e desconhecido, vai tornar possível o que parece ser impossível. Sua disponibilidade para partilhar tudo o que tem é o caminho para alimentar aquela multidão. Jesus fará o resto. Toma em suas mãos os pães, dá graças a Deus e começa a “re-parti-los” entre todos.
Esta refeição compartilhada era, para os primeiros cristãos, um símbolo atrativo da comunidade nascida do movimento de Jesus para construir uma humanidade nova e fraterna. Esta cena evocava-lhes, ao mesmo tempo, a eucaristia, celebrada no dia do Senhor, para que todos pudessem se alimentar do espírito e da força de Jesus, o Pão vivo vindo de Deus.
Mas, os seguidores de Jesus nunca esqueceram o gesto despojado daquele menino. Se há fome no mundo, não é por escassez de alimentos, mas por falta de solidariedade.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Senhor há pão para todos falta espírito generoso para partilhar. Tenho deixado a marcha do mundo nas mãos do poder financeiro, me dá medo partilhar o que tenho, e as pessoas morrem de fome devido ao meu egoísmo irracional.
A dinâmica do mundo neoliberal é precisamente o dinheiro. Creio que sem dinheiro nada se pode fazer e procuro converter tudo em dinheiro, não só os recursos naturais, mas também os recursos humanos e os valores: o amor, a amizade, o serviço, a justiça, a fraternidade, a fé, etc. Neste mundo capitalista nada é dado gratuitamente, tudo tem seu preço, tudo é taxado e comercializado. Esqueço que a vida acontece por pura gratuidade, por puro dom de Deus.
Jesus, nesta multiplicação dos pães e dos peixes, partiu daquilo que as pessoas tinham no momento. O milagre não foi tanto a multiplicação do alimento, mas o que aconteceu no interior de seus ouvintes: sentiram-se interpelados pela palavra de Jesus e, deixando de lado o egoísmo, cada um colocou o pouco que ainda tinham; maravilharam-se, depois, ao verem que o alimento se multiplicou e sobrou.
Compreenderam, então, que se o povo passava fome e necessidade, não era tanto pela situação de pobreza, mas pelo egoísmo dos homens e mulheres que, conformados com o que tinham não lhes importava que os outros passassem necessidades. O gesto de compartilhar marcou profundamente a vida das primeiras comunidades que seguiram a Jesus. Compartilhar o pão se converteu num gesto para prolongar e manter a vida, um gesto pascal. Ao partir o pão descobriam a presença nova do Ressuscitado.
Eu seguidora de Jesus, não devo esquecer o gesto de partilhar que é a chave para tornar realidade a fraternidade e para me reconhecer como filha do mesmo Pai. Quando se compartilha com gosto e com alegria, o alimento se multiplica e sobra.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

Meu próprio interior é dotado de pães que devem ser acolhidos, abençoados, repartidos e distribuídos.
O alimento vem de minha própria interioridade: poucos pães e peixes, mas o suficiente para saciar a fome de muitos. Há um menino interior que aponta para a presença dos pães e peixes e me instiga a partilhar.
A atitude de Jesus é a mais simples e humana que posso imaginar.

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: João 6,1-15
Pe. Adroaldo Palaoro, sj

Sugestão:
Música: Partilhar é vocação – fx 04 (04:47)
Autor: Eduardo Rodrigues da Silva
Intérpretes: Tony Daniel
CD: Avancem para águas mais profundas
Gravadora: Paulinas Comep

Homília Dominical - Mãe Maria - 29/07/18 - Dom Walmor Oliveira de Azevedo


Canal do Youtube: Arquidiocese de Belo Horizonte

Publicado em 28 de jul de 2018

Apresentado pelo Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, o programa Mãe Maria é um tempo dedicado à reflexão e oração, à luz do Evangelho proposto pela liturgia de cada dia. Inspirada no exemplo de Nossa Senhora, a reflexão ilumina a realidade, o caminhar da Igreja e a vida de cada discípulo missionário de Cristo Jesus.

Categoria - Sem fins lucrativos/ativismo

A VOZ DO PASTOR - 29/07/18 - 17º Domingo do Tempo Comum - Dom Orani João Tempesta


Canal do Youtube: WebTV Redentor

Publicado em 26 de jul de 2018

Anúncio do Evangelho (Jo 6,1-15)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós!
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 1Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades.
2Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos. 4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
5Levantando os olhos e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” 6Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer.
7Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”.
8Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9“Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?”
10Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.
11Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes.
12Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!”
13Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”.
15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Categoria - Pessoas e blogs

O Pastor dá de comer a suas ovelhas (Homilia Dominical.411: 17.º Domingo do Tempo Comum) - Padre Paulo Ricardo


Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado em 28 de jul de 2018

O Evangelho deste domingo narra o milagre da multiplicação dos pães. Trata-se do primeiro trecho do capítulo 6 do Evangelho de São João, em cujo texto Jesus é apresentado como o pastor do Salmo 22, Aquele que não deixará faltar nada a suas ovelhas.
A partir dessa chave de leitura, Padre Paulo Ricardo conduz esta meditação para reconhecermos a Cristo como o Salvador que, diante de nossos “cinco pães e dois peixes”, faz a sua graça multiplicar-se e completa a nossa obra imperfeita: http://bit.ly/2Aji1Vy.

Categoria - Educação

HOMÍLIA DOMINICAL - (CANÇÃO NOVA) - Jo 6,1-15 - 29/07/2018


Aprendamos a dividir o nosso alimento com o próximo

Não falta pão nem alimento para ninguém, o que falta é o milagre do coração convertido, que se acalma e divide o que tem

“Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes” (João 6,11).


Quando contemplamos o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, ficamos maravilhados e achamos que Jesus fez uma mágica. Deus não realiza mágicas, até porque mágicas são coisas enganosas e ilusórias, e Ele não faz nada que seja ilusório ou enganoso. Deus realiza a transformação, Ele tem poder sobre o pão e sobre os peixes.
Deus tem poder sobre nós e sobre a nossa vida, o poder d’Ele vai transformando a nossa condição. A graça desse grande milagre de Jesus foi, realmente, ver que o cuidado do Mestre fez com que o pão que parecia tão pouco pudesse ser multiplicado, transformado e que desse para todos.
Há algo muito singular aqui, primeiro, porque Jesus acalma a multidão, manda que todos se sentem. Quando nos sentamos e nos acalmamos, Deus vai nos alimentando, porque, se não nos acalmarmos, a fúria vai nos alimentando, e não tem alimento que sacie o coração que está furioso, revoltado e indignado, porque não temos o nosso alimento. Quando nos acalmamos, Deus vai nos saciando da Sua Palavra.
Segundo, Jesus ensina a partilhar o pouco que temos. O que são cinco pães e dois peixes? Talvez não dê nem para alimentar uma pessoa ou uma família. Experimente a graça de dividir o que você tem. Quando sabemos repartir o que temos com o outro, quando sabemos dividir os cinco pães, os dois peixes, o pouco de arroz e o feijão, tudo se multiplica e a festa acontece.
É preciso que o alimento seja encarado como dom sagrado. Primeiro, agradecemos a Deus, porque Jesus disse: “Ele tomou o pão e deu graças”. É o que Ele vai fazer depois com a Eucaristia, pois ela é Seu Corpo dividido, que se multiplica para alimentar a fome de Deus que todos nós temos.
O pão que Deus criou para a humanidade dá para alimentar toda a face da Terra cem vezes mais; depois, o que sobra é recolhido e guardado para depois. Não falta pão nem alimento para ninguém, o que falta é o milagre do coração convertido que se acalma, divide o que tem e é capaz de multiplicar todos os dons que Deus nos deu.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.



sábado, 28 de julho de 2018

Preces – XVII Domingo do Tempo Comum – Ano B


Sacerdote: Reunidos em nome de Cristo, apresentemos a Deus Pai na comunhão do Espírito Santo as preces de nossa santa assembleia:

Todos: Pai de bondade, escutai a nossa oração!

1. “Jesus disse aos discípulos: ‘Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!’” (Jo 6, 12). Que todos aqueles que distribuem o Sacramento do Corpo de vosso Filho o tratem com o carinho e adoração que se deve a Deus verdadeiramente presente nas espécies eucarísticas. Rezemos ao Senhor.

2. “Suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor” (Ef 4, 2). Que estejamos dispostos a dar suporte a todos os nossos irmãos, especialmente aqueles que tropeçam e caem. Rezemos ao Senhor.

3. “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” (Jo 6, 9). Que o vosso Espírito nos conduza a uma verdadeira vivência da partilha de nossos dons, especialmente em socorro dos mais necessitados. Rezemos ao Senhor.

4. “Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam” (Sl 144, 15). Vós que sois providente e cuidais de todos, olhai com especial amor para aquelas famílias numerosas, sinais de vossa providência que jamais falha. Rezemos ao Senhor.

5. “Os vossos santos com louvores vos bendigam” (Sl 144, 10). Uni aos vossos santos os nossos irmãos que já partiram deste mundo, e que unidos a eles contemplemos para sempre o vosso rosto. Rezemos ao Senhor.

Sacerdote: Pai todo-poderoso que alimentais os vossos filhos com vossa Palavra e vosso Pão, escutai as súplicas de vosso povo, e fazei-nos viver constantemente na unidade que a Eucaristia significa. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.