ANO B
Lc 2,22-40
Comentário do
Evangelho
Maria e José creram no Senhor
No trecho do livro do Gênesis que lemos hoje, aparece, pela
primeira vez na Escritura, a palavra "fé" (cf. v.6). É como se a
descendência numerosa prometida a Abraão nascesse da fé em Deus. De fato, é
crendo que se vê realizar o que Deus promete. É pela fé de Abraão que Israel
existe como povo de Deus. Abraão será, por isso, conhecido como o pai dos que
têm fé.
Maria e José creram no Senhor. Por isso, abriram
mão de seus projetos pessoais para aderirem ao desígnio salvífico de Deus.
Souberam viver, em cada etapa da vida, o desafio de compreender e acolher o
mistério de Deus presente na vida de Jesus, que eles educaram e viram crescer.
Lucas, neste e noutros relatos, parece não ter nenhuma preocupação com a
exatidão histórica e cultural. Originalmente, os costumes da apresentação e
purificação da mãe são distintos; Lucas parece confundi-los. A prescrição para
a purificação da mulher que deu à luz encontra-se em Lv 12, 1ss. Lucas modifica
Lv 12, 6 - não é só a mulher que deve ser purificada, mas "eles" (cf.
Lc 2,22). A prescrição quanto à consagração ou apresentação do primogênito ao
Senhor encontra-se em Ex 13, 1.11-12. O nosso relato se baseia em 1Sm 1,22-28.
O Filho primogênito tinha que ser resgatado ao completar um mês do seu
nascimento, mediante o pagamento de um ciclo de prata a um membro de uma
família sacerdotal (Nm 3, 47-48; 18,5-16). Lucas omite toda a menção do resgate
do primogênito e transforma a cerimônia numa simples apresentação do menino no
Templo de Jerusalém. Seja como for, e sem nos atermos a todas as possibilidades
de interpretação, parece-nos que a intenção do evangelista é fazer com que o
Antigo Testamento, representado por Simeão e Ana, testemunhe a realização da
promessa de Deus em Jesus (cf. Lc 2, 29-32). O Antigo Testamento chega à sua
plenitude; inaugura-se uma nova etapa na história da salvação. A cada noite,
com os olhos fixos no Senhor, a Igreja canta o nunc dimitis para proclamar o
dom da salvação oferecida por Deus a toda humanidade. Jesus Cristo é a luz que
ilumina todos os povos (cf. Jo 8, 12).
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, dá-me a graça de ser piedoso e justo
como as pessoas envolvidas no mistério da encarnação de teu Filho Jesus. Sejam
elas para mim fonte de perene inspiração.
Vivendo a Palavra
Aprofunda-se o mistério do Menino: Simeão e Ana
acrescentam previsões místicas àquela que seria apenas mais uma apresentação no
Templo. A Família volta para Nazaré, levando dúvidas quanto ao futuro do
Menino, mas cheia da fé que ajudou a Criança a crescer forte e cheia de
sabedoria e de Graça.
Homilia
Sagrada Família Jesus, Maria José (28.12.14)
Pe. Luiz
Carlos de Oliveira
Redentorista
“Família
de Nazaré é modelo”
Consagrado ao Senhor
No
Tempo do Natal temos diversas celebrações que continuam a memória do Mistério
da Encarnação que acompanha toda a vida de Cristo. Se por um lado há uma
tendência em acentuar tanto sua Divindade que perdemos de vista sua Humanidade,
por outro acontece acentuar tanto o aspecto humano que esquece o Divino.
Pela
fé cremos na união das duas naturezas e na sua total unidade e integridade:
Homem-Deus. Maria e José vão ao templo para os ritos após o nascimento do
primogênito.
Ele
pertence a Deus e tem que ser resgatado: “Todo primogênito do sexo masculino
deve ser consagrado ao Senhor” (Lc 2,23), conforme está escrito na lei do
Senhor (Ex 13,2). Trata-se de um rito de família. Ali estão os pais
reconhecendo a propriedade que Deus tem sobre o Filho. Jesus pertence ao Pai.
Nesse
momento é reconhecido por Simeão que vivia a esperança de Israel, isto é, a
vinda do Messias. Quem assim vivia era movido pelo Espírito Santo. Notamos que
os filhos pertencem a Deus e, se temos o Espírito, vamos reconhecer neles a
presença de Deus que age para o bem.
Criamos
os filhos para Deus. Na profecia deste ancião está indicada sua missão:
salvação para os que creem e perda para os que não acolhem. É o mistério da
recusa. Diante de Cristo não há meios termos ou indiferença.
A
Igreja participa dessa condição de Jesus e sofre também a espada que atravessa
o coração por ver a recusa do Evangelho e o sofrimento dos filhos perseguidos.
Cumpre também a profecia feita por Simeão a Maria: Uma espada atravessará tua
alma (Lc 2,35).
Revestir-se das virtudes
A
Palavra de Deus convida a nos revestirmos de Cristo. Revestir-se não é uma
atitude exterior, mas ação da graça. Quando Paulo estimula a nos revestirmos
das virtudes, está mostrando os efeitos da presença de Cristo em nós que gera
um procedimento coerente.
Não
há o que mais destrua a força de Cristo em nós que a incoerência, isto é, crer
e não agir como crê. O apóstolo, conhecedor da vida de família, enumera as
virtudes na família e na comunidade: Revestir-se de misericórdia, bondade,
humildade, mansidão, paciência, suportar-se e perdoar-se mutuamente.
E
retoma o fundamento: “Amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da
perfeição”. Reine a paz e sede agradecidos. Viver a vida cristã é viver a
Palavra. Um ajude o outro admoestando para superar os males.
A
oração é a costura de todas essas virtudes. Todas as atividades sejam feitas em
Cristo, dando graças a Deus por meio dele. O relacionamento familiar insiste na
preocupação de uns pelos outros no mútuo acolhimento e dedicação. Quando se diz
imitar a Sagrada Família, é realizar na vida esse projeto.
Envelhecer no Espírito
O
próprio Jesus é apresentado como modelo a ser seguido: “E o Menino crescia e se
tornava forte, cheio de sabedoria; a graça de Deus estava com Ele” (40). É um
projeto formativo para as famílias cristãs: Crescimento integral: físico,
intelectual e espiritual. Sem isso temos a degradação da sociedade.
Simeão
e Ana, as duas figuras apresentadas hoje, mostram que envelhecer no Espírito é
saber encontrar e identificar Messias e sua ação.
O
livro do Eclesiástico mostra a força do quarto mandamento, que é o primeiro da
segunda tábua, colocando como condição para ter o perdão dos pecados e força da
oração o respeito e atenção aos pais, sobretudo, envelhecidos. Celebrar o Natal
do Senhor é deixar Jesus nascer em nossas casas através das virtudes do
Redentor, tão bem vividas por sua Mãe.
Leituras: Eclesiástico 3,3-7.14-17ª;Salmo 127; Colossenses
3,12-21; Lucas 2,22-40
Ficha nº 1400 - Homilia Sagrada Família Jesus, Maria
José (28.12.14)
O
Evangelho quer, mostrando os ritos a apresentação de Jesus no templo, acentuar
sua pertença ao Pai e sua humanidade. Ele deve ser resgatado, segundo a lei.
Como Simeão, se tivermos o Espírito reconheceremos a presença do Messias. Na
profecia desse ancião está a missão de salvação e a queda de muitos.
A
Igreja sofre também a recusa. A Palavra nos convida a nos revestirmos de
Cristo. Paulo ensina que esse revestir-se acontece através das virtudes. Elas
se resumem no amor. A oração é a costura de todas as virtudes. Viver a vida
cristã é viver a Palavra. O crescimento de Jesus como homem é o modelo a ser
seguido.
É
o crescimento integral. Simeão e Ana mostram como envelhecer cheio do Espírito.
A obediência ao quarto mandamento é condição para o perdão dos pecados e a
força da oração. Celebrar o Natal é deixar Jesus crescer em nossas casas através
das virtudes do Redentor, tão bem vividas por sua Mãe.
A vez dos velhos
A
celebração da Sagrada Família não é só uma lembrança, mas um projeto de vida
como lemos no evangelho da celebração: Unidos realizam os ritos necessários
para a vida da comunidade; Ouvem a Palavra de Deus através da experiência do
velho Simeão e de Ana; Aprendem que o valor de viver sob a inspiração do
Espírito Santo; Entendem que Jesus é o Messias, mas que deve ser educado como
homem, pois cresce em todos os sentidos; Sabem que Ele deve crescer na ciência
de Deus.
A
sociedade atual descarta os velhos. Na cultura africana, que conheci, ter um
velho é ter um tesouro. Diziam: quando morre um velho, queimou-se uma
biblioteca. É uma sabedoria que a sociedade perdeu.
Com
isso perdemos valores e a formação nas virtudes anunciadas por Paulo. Ali está
o modo de viver cristão. Este é o primeiro mandamento na referente ao próximo.
E
é o único com uma promessa de vida boa e longa (Ex 20,12 e Ef 6,1-3). Deus
recompensa quem cuida de seus pais. Examinemos se alguns dos males que sofremos
não provêm da desobediência a esse mandamento! O Eclesiástico põe aí a condição
de sermos perdoados dos pecados e ouvidos em nossa oração.
Comentário do Evangelho
LUZ DAS NAÇÕES
A cena da apresentação do menino Jesus no
templo e o rito de purificação de Maria são ricos em detalhes que evidenciam a
identidade do Salvador. Revestem-se de um conjunto de elementos proféticos,
pelos quais a existência de Jesus se pautará.
Ele
foi apresentado como pobre. Seus pais ofereceram um casal de rolinhas ou dois
pombinhos, como era previsto para as família mais pobres Aliás, toda a vida de
Jesus transcorrerá na pobreza.
Com o
rito de oferta, o Messias tornava-se uma pessoa consagrada ao Pai. Esta será
uma marca característica de sua existência. Não se pertencerá a si mesmo; todo
seu ser estará posto nas mãos do Pai, por cuja vontade se deixará guiar.
O
velho Simeão definiu a missão do Messias Jesus: ser luz para iluminar as nações
e manifestar a glória de Israel para todos os povos. Por meio de Jesus, a
humanidade poderia caminhar segura, sem tropeçar no pecado e na injustiça, e,
assim, chegar ao Pai.
Por
outro lado, o Messias Jesus estava destinado a ser sinal de contradição. Quem
tivesse a coragem de acolhê-lo, seria libertado de seus pecados. Mas para quem
se recusasse aderir a ele, seria motivo de queda. Portanto, Jesus seria
escândalo para uns, e ressurreição para outros.
Esta
cena evangélica retrata, assim, o que Jesus encontraria pela frente.
Oração
Senhor Jesus, possa tua
luz brilhar em minha história e ajudar a me reerguer da prostração a que o
pecado me reduziu.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus de bondade, que
nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares
as suas virtudes para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia
às alegrias da vossa casa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo.
REFLEXÕES
DE HOJE
DIA 28 DE DEZEMBRO - DOMINGO
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28 de dezembro – SAGRADA FAMÍLIA
I. Introdução geral
A Igreja
preocupa-se de modo especial com a família. Ela é o espaço privilegiado onde se
desenvolve o maravilhoso dom da vida de cada ser humano. O Documento de
Aparecida lembra que “a família é sujeito e objeto de evangelização, centro
evangelizador de comunhão e participação”. Para isso, “deve encontrar caminhos
de renovação interna e de comunhão com a Igreja e o mundo” (DAp 568s). O papa
Francisco convocou recentemente um sínodo sobre os desafios pastorais da família
no contexto da evangelização. De fato, são muitos os desafios que enfrenta a
família na atualidade. Nela repercutem as influências positivas e negativas das
rápidas mudanças pelas quais passa o mundo. Há valores importantes que precisam
ser preservados e aprofundados em cada nova geração. Os textos bíblicos
escolhidos para esta celebração da Sagrada Família refletem sobre esses valores
que autenticam o verdadeiro relacionamento entre os diversos membros que formam
a família, ampliando-se para a comunidade. O texto do Eclesiástico dirige-se
especialmente aos filhos, a fim de que saibam honrar e servir os seus pais, em
obediência à lei de Deus. Assim, atrairão sobre si bênçãos divinas (I leitura).
A carta aos Colossenses ressalta os sentimentos de que devem revestir-se os
cristãos, como a compaixão, a bondade, a humildade, a mansidão e a paciência.
Assim, a paz de Cristo reinará na vida da família-comunidade, pois todos os
membros formam um só corpo (II leitura). Ao contemplar a família de Nazaré
(evangelho), constatamos que Deus realiza o seu plano de amor por meio do
assentimento de fé dos pais, como Maria e José. A família é sagrada na medida
em que seus membros se amam, pois, onde há amor, Deus aí está.
II. Comentário dos
textos bíblicos
1. I leitura (Ec
3,3-7.14-17a): Honrar pai e mãe
O livro do
Eclesiástico (ou Sirácida) foi escrito originalmente em hebraico em torno do
ano 200 a.C. por um senhor chamado de Jesus filho de Sirac. O original não
chegou até nós. O que temos é a tradução em grego feita pelo neto do autor, por
volta do ano 130 a.C. É um livro que busca preservar a tradição religiosa do
povo judeu, cuja identidade está ameaçada pelo domínio grego. Um dos temas mais
caros desse livro é a sabedoria aplicada ao cotidiano. O texto da liturgia de
hoje ressalta a Sabedoria que se expressa no relacionamento dos filhos com os
seus pais. Constitui um comentário do quarto mandamento do Decálogo. É bom
verificar todo o conjunto do texto: 3,1-18. A honra aos pais refere-se tanto ao
respeito à autoridade como ao sustento em suas necessidades. O desprezo desse
mandamento corresponde à ofensa a Deus.
Apesar da cultura
patriarcalista em que o autor está inserido, percebe-se (pelo menos neste
texto) igualdade de tratamento para pai e mãe, assim como se constata também na
formulação do quarto mandamento. Esse mandamento, como afirma a carta aos
Efésios, é “o primeiro que vem acompanhado de uma promessa: para que sejas
feliz e tenhas vida longa sobre a terra” (Ef 6,2-3). Essa promessa, no texto do
Eclesiástico, é desdobrada em várias bênçãos divinas ao filho ou à filha que
honra e respeita o seu pai e a sua mãe: alcança o perdão dos pecados; é como
quem ajunta um tesouro; será respeitado pelos seus próprios filhos; quando
rezar, será atendido; terá uma vida longa; dará alegria à sua mãe; a compaixão
para com o pai não será esquecida e, em lugar dos pecados, serão aumentados os
méritos; no dia da aflição, será lembrado por Deus…
2. II leitura (Cl
3,12-21): Santos e amados de Deus
Este texto da carta
aos Colossenses, atribuída a Paulo, orienta a comunidade cristã no que se
refere ao relacionamento na família. A cultura grega predominava em toda a
região da Ásia Menor, onde se situava a cidade de Colossas. A casa,
normalmente, era constituída por esposa e marido, pais e filhos, escravos e
patrões. É esse o modelo de casa que tem presente o autor.
Ao ler o conjunto
do texto (3,5-17), percebe-se o motivo pelo qual os membros da casa devem ser
instruídos. Há comportamentos condenáveis, como a “imoralidade sexual, impureza,
paixão, maus desejos, especialmente a ganância, que é uma idolatria” (3,5). E
mais: há desordens provocadas por “ira, furor, malvadeza, ultrajes e palavras
indecentes” (3,8) e também há mentiras (3,9) e discriminação de pessoas, “entre
grego e judeu, circunciso e incircunciso, estrangeiro ou bárbaro, escravo e
livre” (3,11).
Esse modo de pensar
e de agir, é claro, ameaça a vida familiar também dos cristãos. São
comportamentos que contrariam o que deveria ser o modo de viver dos seguidores
e seguidoras de Jesus, “eleitos de Deus, santos e amados”. Então, qual é a
maneira coerente de viver desses “eleitos de Deus”? O texto (3,12-17) é tão
claro, que prescinde de explicação. Constitui um caminho privilegiado para a
felicidade das famílias no tempo atual.
No que se refere à
“submissão” da mulher ao marido (3,18), deve-se levar em conta o sistema
familiar dominante na época, em que o poder de decisão se concentrava na figura
do pai/patrão. O autor é filho da sua época. À luz dos ensinamentos de Jesus,
porém, foi restabelecida a igualdade entre mulher e homem, entre esposa e
marido. Todos os seres humanos, cada qual com suas originalidades e
especificidades de funções, possuem a mesma e imprescindível dignidade. Isto é
agradável ao Senhor, que nos criou à sua imagem e semelhança.
3. Evangelho (Lc
2,22-40): A família de Nazaré
O texto de Lucas
faz parte do conhecido “evangelho da infância” de Jesus (Lc 1-2). Os
personagens citados nesse evangelho da infância são retratados como escolhidos
de Deus, por meio dos quais ele realiza o seu plano de amor e de salvação
universal. A própria etimologia dos nomes, na língua hebraica, revela traços do
rosto divino: Gabriel (Deus é forte), Zacarias (Deus se lembra), Isabel (Deus é
plenitude), João (Deus é favorável), Maria (amada de Deus), José (Deus
acrescente), Ana (misericórdia), Simeão (Deus ouviu) e Jesus (Deus salva).
O texto deste
domingo apresenta alguns desses personagens, Maria e José, Simeão e Ana, como
fiéis seguidores da tradição religiosa de Israel. Cumprindo o que está escrito
na Lei, Maria e José levam o menino Jesus ao templo para ser apresentado diante
do Senhor e para oferecer sacrifícios (Lv 12,2-8). Se a mãe “não dispuser de
recursos suficientes para oferecer um cordeiro, tomará duas rolas ou dois
pombinhos” (Lv 12,8).
Lucas, em seu
evangelho, faz questão de ressaltar que Deus se revela na história humana não
por meio do poder, do dinheiro ou do prestígio social. É por intermédio dos
simples e pequeninos que ele se dá a conhecer, e conta com eles para realizar o
seu plano no mundo. Maria e José não faziam parte dos personagens importantes.
Faziam parte dos “pobres de Javé”, isto é, punham sua total confiança em Deus e
esperavam a vinda do Salvador; eram abertos à vontade de Deus e dispostos a
assumir a missão que ele lhes indicava.
Também Simeão e Ana
são apresentados por Lucas como pessoas afinadas com o plano de Deus. Não estão
aí por acaso: representam o povo de Israel, que se manteve fiel na certeza da
vinda do Salvador, conforme a promessa feita por meio dos profetas. O texto diz
que Simeão “era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel”; Ana era
profetisa e “servia a Deus dia e noite com jejuns e orações”. São pessoas
conduzidas pelo Espírito Santo que sabem discernir e acolher os sinais de Deus
na história humana. Por isso, ambos se alegram, louvam a Deus e anunciam suas
maravilhas.
Jesus, portanto,
cresceu sob o cuidado de Maria e José, na simplicidade de um lar comum,
participando de sua comunidade de fé e respeitando a tradição religiosa de seu
povo. Conheceu a Deus com base no testemunho de seus pais e foi tomando
consciência de sua identidade e de sua missão salvadora. “O menino foi
crescendo, ficando forte e cheio de sabedoria. A graça de Deus estava com ele”
(Lc 2,40). A sagrada família de Nazaré inspira as famílias cristãs de nossos
dias: quando Deus é levado a sério e seu amor é vivido entre todos os que estão
na casa, essa família torna-se portadora da bênção divina, “sujeito e objeto de
evangelização, centro evangelizador de comunhão e participação”. É uma família
“sagrada”.
III. Pistas para
reflexão
- A família é
bênção de Deus que precisa ser cultivada. Nas entrelinhas dos textos do
Eclesiástico e da carta aos Colossenses, podemos captar o alerta diante do que
pode ameaçar a vida familiar. É necessário cultivar os valores que a tradição
de fé nos deixou como herança. São valores que atraem a bênção divina, como o
comportamento de honra e de respeito dos filhos para com os pais, bem como os
sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência e perdão
mútuo. A família de Nazaré inspira a família de hoje a ser “sagrada”, tendo em
vista a plena realização de cada um dos seus membros e a sua missão
evangelizadora no mundo, como esclarece o Documento de Aparecida:
O casal santificado
pelo sacramento do matrimônio é um testemunho da presença pascal do Senhor. A
família cristã cultiva o espírito de amor e serviço. Quatro relações
fundamentais da pessoa encontram seu pleno desenvolvimento na vida da família:
paternidade, filiação, irmandade, nupcialidade. Essas mesmas relações compõem a
vida da Igreja: experiência de Deus como Pai, experiência de Cristo como irmão,
experiências de filhos em, com e pelo Filho, experiência de Cristo como esposo
da Igreja. A vida em família reproduz essas quatro experiências fundamentais e
as compartilha em miniatura: são quatro facetas do amor humano (DAp 583).
Outras reflexões
sobre a família no Documento de Aparecida, números 567 a 616.
Mestre em Teologia
Dogmática com Concentração em Estudos Bíblicos, professor de evangelhos
sinóticos e Atos dos Apóstolos no Instituto Teológico de Santa Catarina
(Itesc).
I leitura: O mandamento do
amor gera perdão e alegria.
II leitura: Famílias
unidas, fraternas e generosas geram comunidades santas.
Evangelho: Com Jesus,
chega a boa-nova da salvação.
http://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/dia-28-domingo-5#.VKCpPV4AA
DOMINGO, 28 DE DEZEMBRO DE 2014
A família, escola da
virtude
Por trinta anos, Nosso Senhor passou a
Sua vida oculto, na carpintaria de Nazaré e na submissão a Seus pais. Quando o
próprio Deus quis ter uma família, como pode o homem moderno tratá-la com tanta
negligência e até desprezo? Por que a humanidade precisa da família? Qual o seu
papel, principalmente na formação dos jovens? Neste Testemunho de Fé, Padre
Paulo Ricardo explica, a partir do ensinamento de Santo Tomás de Aquino, o que
é a família e por que ela é indispensável para o crescimento das pessoas na
virtude.
Liturgia de 28.12.2014 - FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA
Canal do Youtube
A Voz do Pastor - Sagrada
Família: Jesus, Maria e José - Domingo 28/12/2014
O menino crescia cheio de sabedoria.
Pai,
dá-me a graça de ser piedoso e justo
como as pessoas envolvidas
no mistério da encarnação de teu Filho Jesus.
Sejam elas para mim fonte de perene inspiração.
HOMILIA -
Lc 2,22-40
MEUS OLHOS VIRAM A
SALVAÇÃO QUE VEM DE DEUS Lc 2,22-40
Estamos diante da
plenitude dos tempos. Chegou à hora de se cumprir a profecia bíblica. Jesus é o
Primogênito que deve ser consagrado a Deus. E consequentemente da purificação
de Maria sua mãe. É tempo de pleno cumprimento da lei de Moisés. Vemos duas leis
que se misturam sem serem diferenciadas. Pois a purificação da mãe era prevista
em Levítico 12,2-8 e se cumpria quarenta dias após o parto. Até aquele momento,
a mulher não poderia aproximar-se de nenhum lugar sagrado, já que era
considerada impura por causa do sangue derramado durante o parto; a cerimônia
consistia na oferta de um cordeiro ou para famílias pobres um par de rolas ou
dois pombinhos. Pela oferta do casal nazareno, se torna evidente a sua condição
de pobreza e simplicidade.
Enquanto que a consagração
dos primogênitos está prescrita em Êxodo 13,11-16 e era considerada com uma
espécie de “resgate” – lembrando a ação salvífica quando Deus libertou os
israelitas da escravidão do Egito. Resgatando o próprio filho, o pai dizia: “Te
resgato porque eu também fui resgatado quando o Senhor nos tirou com mão forte
da casa da escravidão” (Ex 13,2.11-16). O texto quer mostrar que Jesus não foi
dispensado de nenhuma prática da lei, seus pais foram obedientes a fim de que o
destino do menino se desenvolvesse desde o início conforme as Escrituras.
Entretanto, o texto só acena que se completaram os dias, mas não narra a cerimônia em si talvez para fazer entender que Jesus
não tem necessidade de ser resgatado. Jesus, não é resgatado, mas aquele que
resgata, aquele que salva o seu povo.
Ainda com
Simeão, após o canto, ele diz a Maria que o seu menino vai ser causa tanto de
queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de
contradição. E quanto a Maria, uma espada traspassará a alma dela. Normalmente,
interpreta-se aqui o anúncio do sofrimento de Maria. Mas também devemos ver
aqui Maria como imagem do povo: Simeão intui o drama do seu povo, que será
profundamente dilacerado pela palavra viva e cortante do Redentor. Maria
representa o percurso: deve confiar, mas enfrentará dores e escuridões, lutas e
silêncios angustiantes. A história do Messias sofredor será dilacerante para
todos, também para Maria. Não se pode seguir a nova luz destinada ao mundo
inteiro sem pagar o preço, sem se arriscar, sem renascer sempre de novo do alto
para uma nova criatura. Mas estas imagens, ou seja, da espada que traspassa, do
menino que fará tropeçar e abalará os corações, não estão separadas do gesto
carregado de sentido dos dois anciãos: pois, enquanto Simeão recebe o menino em
seus braços, para indicar que a fé é encontro e abraço, não ideia nem teoria;
Ana é anunciadora e acende em quem o esperava uma luz fulgurante.
Enfim, interessante é
notar que todo o episódio dá ênfase às situações mais simples e familiares: o
casal Maria e José com o menino no braço; o ancião que se alegra e abraça, a
anciã que prega e anuncia os interlocutores que aparecem indiretamente envolvidos.
E também a conclusão do texto deixa ver o lar de Nazaré, o crescimento do
menino num contexto normal, a impressão de um menino dotado em modo
extraordinário de sabedoria e bondade. O tema da sabedoria entrelaçada com a
vida normal de crescimento e no contexto de uma cidadezinha Nazaré, deixa um suspense
na história: esta se reabrirá justamente com o tema da sabedoria do menino
entre os doutores do templo. E será exatamente o relato que segue imediatamente.
Quero caro amigo (a) que
juntos, nos façamos uma dura revisão de vida, nos questionemos. Vejamos tudo o
que acontece conosco, à nossa volta, o julguemos e ajamos sem demora. Veja que a festa da Apresentação do Menino Jesus é também a
nossa, como filhos e filhas consagrados ao Senhor já mesmo desde o ventre
materno.
Depois que juntos ficamos
a saber tudo o que Deus fez na vida de Simeão e Ana, o que mudou em mim e em
ti? As palavras de Simeão, suas atitudes, como também aquelas de Ana, têm um
significado especial para mim? Como entendo esta “espada que traspassa”:
reconheço que se trata de um sofrimento na nossa
consciência diante dos desafios e exigências para seguir Jesus Cristo ou acho
que se trata só de um sofrimento íntimo de Maria?
O que este relato pode
significar para a tua família de hoje? Para a formação religiosa dos seus
filhos? Para entender o projeto que Deus tem para cada um de seus filhos, os
medos e angústias que os pais carregam no coração, só de pensar quando os
filhos crescerem? Empenho-me periodicamente para fazer uma revisão de vida com
a minha família a fim de ser sempre mais família? Como marido ou mulher ou
filho, filha, tenho a capacidade de me abrir ao diálogo com a minha família,
procurando escutar-lhes e partilhar assim as suas alegrias e expectativas? Como
casado, membro de uma família chamada a viver as virtudes da Família de Nazaré,
me empenho concretamente em prol de outras realidades familiares da minha
comunidade paroquial, diocesana em dificuldade para realizar a grande família
cristã, a Igreja de Cristo? Sou um bom cumpridor de minhas obrigações
familiares e cristãs? Participo regularmente dos convívios familiares ( jantar,
almoço, festas e…) bem como das celebrações litúrgicas ( missas, paraliturgias
) ou procuro sempre desculpas para não me fazer presente? Deixo-me guiar pelo
Espírito Santo como Simeão? Como faço para escutar hoje o Espírito Santo?
Também entendo que o seguimento ao Messias é algo que implica compromisso e que
também pode ser como uma espada que atravessa o coração?
Posso medir meu crescimento de forma equilibrada
como Jesus? Há partes de mim que crescem e outras que não saem do lugar? Quais?
E meus olhos, já conseguiram ver a salvação que Jesus veio me trazer?
Pai, a exemplo de Simeão e
de Ana, faze-me penetrar no mais profundo do mistério de teu Filho Jesus, faze
que os meus olhos vejam a Salvação que vem de Vós e como eles vos proclame aos
membros da minha família. Amém!
Fonte Padre BANTU SAYLA
HOMILIA
Toda família é sagrada para
Deus
Toda família é sagrada para Deus, por
isso Jesus escolheu nascer na Sagrada Família. A sua casa, a sua família, é
sagrada aos olhos de Deus.
“O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria;
e a graça de Deus estava com ele” (Lucas 2,40).
Nós hoje celebramos a linda festa da Sagrada Família,
composta por Jesus, Maria e José. Sim, Deus quis morar no meio de uma família,
quis estar na família humana, por isso escolheu uma casa, escolheu ter pai, ter
mãe. E nessa casa, nessa família foi que Jesus cresceu, foi se tornando menino,
homem e nos apontou a direção e o caminho da vida.
Na realidade, o Senhor começou a nos ensinar a direção e
o caminho da vida não foi quando cresceu, foi quando nasceu e quando quis
habitar dentro de uma família, por isso nós a chamamos de Família Sagrada.
Deixe-me dizer uma coisa a você: toda família é sagrada
para Deus! A sua casa, a sua família, é muito sagrada aos olhos de Deus. Cada
família tem um valor único e singular para o coração de Deus! Cada casa, cada
família, é o lugar da morada de Deus!
Cada casa e a família de cada um de nós é a nossa
primeira Igreja, é o primeiro lugar onde conhecemos Deus. É onde podemos
conhecer a grandeza de Deus manifestada pelo amor dos pais.
Por isso, hoje, nós queremos pedir a Deus por todas as
nossas famílias. Primeiro, pedindo pelo amor dos esposos, pois não se tem
família se pai não ama mãe, se mãe não ama pai, e não é fácil viver este amor
entre pai e mãe.
Hoje, quero dizer ao coração do homem e da mulher, do
marido e da esposa: permitam que a Palavra de Deus habite no coração de vocês,
assim como está nos chamando a Segunda Leitura da Missa de hoje, permitam que a
Palavra de Cristo conduza os sentimentos, os afetos e a vida familiar de vocês.
Um dia vocês dois prometeram ser fiéis um ao outro e o
tempo demonstra que isso nem sempre é fácil, por isso digo hoje aos esposos que
estão nos escutando: se vocês querem edificar um lar santo coloquem a Palavra
de Deus meditada e vivida no meio da sua família e ela dará o sentido e a condução
da sua casa.
Que os filhos saibam amar e respeitar seus pais e tenham
a devida obediência a eles mesmo quando, muitas vezes, isso não seja fácil,
mesmo quando, frequentemente, os pais tenham seus defeitos, seus limites e não
manifestem o amor que vocês tanto desejavam ter.
Meu filho e minha filha, o amor de Deus vai permanecer
para sempre no seu coração se você souber amar e respeitar os seus pais, mesmo
com todos os defeitos que eles possam ter!
Papai e mamãe, que a graça de Deus esteja com vocês, para
que criem seus filhos segundo a vontade do Senhor! Que cada lar, que cada
família, seja uma sagrada família!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
LEITURA ORANTE
Saudação
- A nós todos, que nos encontramos neste espaço,
a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus
Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando, em sintonia com todos:
Inspirai-me, Espírito Santo, para que eu pense santamente!
Impulsionai-me, Espírito Santo, para que eu trabalhe
santamente!
Movei-me, Espírito Santo, para que eu ame santamente!
Fortificai-me, Espírito Santo, para que eu proteja o que é
santo!
Guardai-me, Espírito Santo, para que jamais perca o que é
santo!
(Santo Agostinho)
1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Leio, na Bíblia, o texto Lc 2,22-40, e
observo os gestos, palavras, atitudes de fidelidade a Deus..
Chegou o dia de Maria e José cumprirem a cerimônia da
purificação, conforme manda a Lei de Moisés. Então eles levaram a criança para
Jerusalém a fim de apresentá-la ao Senhor. Pois está escrito na Lei do Senhor:
"Todo primeiro filho será separado e dedicado ao Senhor." Eles foram
lá também para oferecer em sacrifício duas rolinhas ou dois pombinhos, como a
Lei do Senhor manda.
Em Jerusalém morava um homem chamado Simeão. Ele era bom e
piedoso e esperava a salvação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com
ele, e o próprio Espírito lhe tinha prometido que, antes de morrer, ele iria
ver o Messias enviado pelo Senhor. Guiado pelo Espírito, Simeão foi ao Templo.
Quando os pais levaram o menino Jesus ao Templo para fazer o que a Lei manda,
Simeão pegou o menino no colo e louvou a Deus. Ele disse:
- Agora, Senhor, cumpriste a promessa que fizeste e já podes
deixar este teu servo partir em paz.
Pois eu já vi com os meus próprios olhos a tua salvação, que
preparaste na presença de todos os povos:
uma luz para mostrar o teu caminho a todos os que não são
judeus e para dar glória ao teu povo de Israel.
O pai e a mãe do menino ficaram admirados com o que Simeão
disse a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus:
- Este menino foi escolhido por Deus tanto para a destruição
como para a salvação de muita gente em Israel. Ele vai ser um sinal
de Deus; muitas pessoas falarão contra ele, e assim os pensamentos secretos
delas serão conhecidos. E a tristeza, como uma espada afiada, cortará o seu
coração, Maria.
Havia ali também uma profetisa chamada Ana, que era viúva e
muito idosa. Ela era filha de Fanuel, da tribo de Aser. Sete anos depois que
ela havia casado, o seu marido morreu. Agora ela estava com oitenta e quatro
anos de idade. Nunca saía do pátio do Templo e adorava a Deus dia e noite,
jejuando e fazendo orações. Naquele momento ela chegou e começou a louvar a Deus
e a falar a respeito do menino para todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Quando terminaram de fazer tudo o que a Lei do Senhor manda,
José e Maria voltaram para a Galiléia, para a casa deles na cidade de
Nazaré. O menino crescia e ficava forte; tinha muita sabedoria e era
abençoado por Deus.
Alguns aspectos merecem ser destacados neste texto:
1º Observo Jesus recém-nascido. Aparentemente em tudo é
semelhante aos outros. Mas, não passa despercebido: O Espírito Santo abre os
olhos da fé ao velho Simeão, que se aproxima e, tomando o Menino nos braços,
reconhece nele o Messias. Este Menino, profetiza Simeão, será "sinal de
contradição".
2º Para a Mãe surpresa, Simeão prediz que a salvação
acontecerá através do sofrimento – “espada afiada” - do qual também
ela participará.
3º O tema da oferenda mistura-se com o tema da luz: “uma luz
para mostrar o caminho a todos”. O Menino será luz das gentes e glória de
Israel. Assim, Maria se revela como um candelabroque apresenta
Jesus, "Luz do mundo".
2. Meditação (Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Hoje, Festa da Apresentação do
Senhor, é também chamada, no Brasil, festa de Nossa
Senhora da Luz ou de Nossa Senhora da Candelária. O povo, na sua fé, costuma
acender uma vela em homenagem a Maria. Sei que quando deixo uma vela acesa diante do sacrário ou do santo de
minha devoção, expresso minha fé e, embora não esteja presente fisicamente,
estou presente, em espírito. Eu e você podemos, como Maria, ser um
candelabro que apresenta Jesus, Luz do mundo. Os bispos, na Conferência de
Aparecida, afirmaram: " Nestes
últimos tempos, Ele nos tem falado por meio de Jesus seu Filho (Hb 1,1ss), com
quem chega a plenitude dos tempos (cf. Gl 4,4). Deus, que é Santo e nos
ama, nos chama por meio de Jesus a ser santos (cf. Ef 1,4-5)." (DAp 130).
3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
A Palavra me motiva a fazer, hoje, uma prece a Maria.
Ó minha Mãe, Maria,
neste momento, a luz do teu Filho Jesus brilhou
diante de meus olhos,
iluminou minha mente e se acendeu no meu coração.
Quero também ser, como tu és,
um candelabro para que a Luz brilhe na minha casa,
na minha família,
no meu trabalho,
por onde eu passar,
em todos os ambientes de comunicação,
em todo o mundo.
4. Contemplação (Vida/Missão)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Iluminado/a pela Palavra,
no dia de hoje, vou comunicar a luz de Deus em cada encontro, em cada palavra,
a cada situação. Como a luz afasta toda escuridão, vou colaborar para que
todo medo, dúvida, injustiça ou conflito sejam esclarecidos e substituídos pela graça
e pela paz de Deus.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz.
Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e
Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
patrícia.silva@paulinas.com.br
Oração Final
Pai Santo, que adotaste uma família como lugar de acolhida da
tua Palavra, dá força e discernimento para que nós, Igreja deste século,
compreendamos que a Família é o jeito privilegiado para caminharmos na vida
seguindo o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão que contigo reina na unidade
do Espírito Santo.