ANO B
Jo 15,9-17
Comentário do
Evangelho
O amor de Deus e o Deus que
é amor
A liturgia da palavra deste domingo fala do amor
de Deus e do Deus que é amor. Nós atingimos, aqui, o âmago da revelação do Novo
Testamento. A fonte do amor é o Pai, mas para chegar até nós ele passa pelo
Filho que se encarnou para a nossa salvação. Através de Jesus temos acesso ao
amor do Pai que nos amou primeiro (cf. 1Jo 4,10). A alegoria da videira
(15,1-8) tem sua explicação nos versículos seguintes, que são, grosso modo, uma
meditação sobre o amor fraterno. O amor é o fruto esperado de quem permanece
unido à videira verdadeira. A fonte do amor é o Pai. Com o mesmo amor com que o
Pai ama o Filho, Jesus ama os seus discípulos (cf. Jo 13,1). O Pai ama criando
o universo, gerando o Filho desde toda eternidade, entregando-o à morte para
que o mundo fosse salvo por ele (cf. Jo 3,16). A fonte da alegria dos
discípulos está em se deixar in-habitar por esse dinamismo do amor divino.
“Mandamento”, aqui, deve ser entendido como o
conjunto dos ensinamentos de Jesus, expressos nas suas palavras e nos seus
gestos. O amor a Jesus tem uma exigência prática: é imitando o Senhor e vivendo
os seus ensinamentos que o discípulo é in-habitado por seu amor. O amor engaja
a pessoa num compromisso e comunhão profundos com quem é amado. O amor assim
vivido é o caminho da verdadeira felicidade. Aliás, não há forma de viver o
amor que não suponha a entrega de si mesmo. Os versículos 12 a 17 são
enquadrados pelo tema principal dessa parte do discurso: o amor fraterno. Na
origem do amor do Filho pelos discípulos está o amor de Deus pelo Filho. O
Filho é portador do amor do Pai e, pela sua vida, inclusive a sua vida
entregue, ele o manifesta a todo o mundo. O amor é exigência e condição de uma
vida cristã autêntica, sem hipocrisias. A medida do amor fraterno é a medida do
amor de Jesus pelos seus discípulos. No seu amor pelos seus, ele deu a sua
própria vida (cf. Jo 13,1). Os “amigos”de Jesus são, além dos discípulos, os
leitores do evangelho, nós todos, por quem o Senhor entregou a sua vida e revelou a
verdadeira face do Pai. Os relatos de vocação do Doze, nos quatro evangelhos,
mostram que a iniciativa do chamado é Jesus (v. 16; cf. Mc 1,16-20; 3,13-19; Jo
6,70). Para poder produzir fruto do amor fraterno, os que são escolhidos devem
partir, aceitar serem enviados pelo Senhor para testemunhar o seu amor. Que o
Senhor nos ajude a imitá-lo no amor que ele tem por cada um e por todos nós!
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor Jesus, agradecido(a)
por ter sido escolhido(a) e enviado(a) por ti, prometo entregar-me totalmente à
missão que me confiaste.
Vivendo a Palavra
«Eu chamo vocês de amigos.» A declaração feita aos apóstolos se estende
a todos e a cada um de nós. Aceitamos – ou não – a amizade de Jesus? Mostremos
nossa aceitação relacionando-nos com Ele como o fazemos com os amigos mais
íntimos: com transparência, simplicidade, pureza e sinceridade.
Comentário do Evangelho
EU VOS
ESCOLHI!
A condição de discípulo do Ressuscitado não
acontece por iniciativa pessoal, mas sim pela escolha gratuita do Senhor. Da
parte do Senhor, a escolha indica amor e confiança em quem é escolhido. Revela
a expectativa de uma vida fundada no amor. Amor esse manifestado como entrega
incondicional de si. Supõe, no escolhido, capacidade de ir pelo mundo, dando um
testemunho consistente de fé e produzindo frutos que permaneçam. Essa escolha
deve ser acolhida com gratidão e reconhecimento. É preciso haver empenho para
que a missão seja levada adiante com coragem e entusiasmo. O grande
interlocutor do discípulo será sempre Jesus, mediante o qual terá acesso ao Pai.
O discípulo, consciente de sua escolha, sabe
que leva adiante uma missão que não lhe pertence, e sim, ao Senhor. Esta
consciência se desdobra em forma de busca de fidelidade às diretivas do Mestre,
mormente no que toca à prática do amor. A escolha exige do discípulo esforço
contínuo para adequar-se, de forma sempre mais radical, à vontade do Senhor. E
consiste num projeto de vida missionária proposta por Jesus. Longe de ser um
convite para a contemplação alienada do mundo, é um envio para levar os frutos
da Ressurreição a toda a humanidade.
Oração
Senhor Jesus,
agradecido(a) por ter sido escolhido(a) e enviado(a) por ti, prometo
entregar-me totalmente à missão que me confiaste.
Homilia do 6º Domingo da Páscoa (10.05.15)
Padre Luiz Carlos Rodrigues
Redentorista
“O maior amor é dar a vida”
O Pai é a fonte do amor
Amar é viver o relacionamento que o Pai tem com o
Filho no Espírito. É a identidade de Deus, pois Deus é amor. Esse amor Ele
comunicou a nós quando nos entregou seu Filho. Nós temos o amor erótico (eros)
no qual dominam os sentidos. Temos amor amizade (filia) que está presente em
nossos relacionamentos. O amor que há Deus é ágape.
Vivendo esse amor vivemos mais intensamente e com
mais proveito e por mais tempo queo amor erótico e o amor de amizade.
Celebramos a Páscoa de Jesus em sua Morte, Ressurreição e Glorificação. Com o
início do tempo do Espírito, a Palavra de Deus proclamada anuncia que o amor é
o conteúdo do ensinamento de Jesus.
Sua vinda ao mundo foi motivada não por nossa
necessidade, mas porque o Pai amou primeiro: “Nisto consiste o amor de Deus
entre nós: “Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo para que vivamos por Ele.
Nisto consiste o amor: Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele quem nos
amou e enviou-nos o seu Filho como vítima de reparação por nossos pecados” (1Jo
4,9-10).
O amor de Deus veio primeiro porque Deus é fonte do
amor. Quem ama nasceu de Deus, pois Deus é amor (7). O Filho ama como o Pai O
ama. O amor que nos transmite e ensina a viver, Ele o aprendeu do Pai. Quando
amamos como Deus ama, nosso amor é Divino, mesmo sendo o amor carnal e o amor
de amizade. Jesus manda que permaneçamos no seu amor, como Ele permanece no
amor do Pai.
O amor que o Filho teve por nós é sua entrega de
vida até a última gota de sangue e até o último suspiro. O amor Divino é aquele
que se entrega e se põe a serviço de todos esperando uma única recompensa: amar
mais e até o extremo do amor, como Jesus (Jo 13,1). O que mais ama é aquele que
dá a vida: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá sua vida pelos amigos”
(Jo 5,13). Por esse amor entramos nos segredos de Jesus, pois somos seus amigos
(Jo 15,15).
O amor aberto a todos
Jesus enviou o Espírito para criar o novo mundo
fundado na fraternidade aberta a todos. Normalmente temos sede de conquistar
pessoas para nossa Igreja e que ninguém fuja, pois consideramos que ali está
toda ação de Deus.
Fora dela tudo é do mal. Jesus não pensa assim,
pois, Pedro, quando vai à casa do pagão Cornélio, diz que “Deus não faz distinção
de pessoas. Pelo contrário, aceita quem O teme e pratica a justiça, qualquer
seja a nação a que pertença (At 10,34-35). Não só Pedro aceitou entrar à casa
do pagão, como também o Espírito Santo veio sobre os pagãos que ali estavam.
Eles tiveram seu Pentecostes, como os judeus convertidos. Jesus acolhe a todos
pelo Espírito. Por isso o salmo aclama: “Os confins do universo contemplaram a
salvação de nosso Deus” (S. 97).
Corresponder ao que celebramos
Nas orações (eucologia) da liturgia deste sexto domingo
suplicamos “que nossa vida corresponda aos mistérios que recordamos” (oração)
que são “o sacramento do amor de Deus” (oferendas), pois o mistério de Cristo é
expressão do amor de Deus. É esse mistério que celebramos na Eucaristia. Deus
quer que produzamos frutos.
O sacramento celebrado é o momento em que a
Ressurreição de Cristo produz os frutos em nós, infundindo a força do alimento
salutar da Eucaristia (pós-comunhão). Permanecer em Cristo, como o ramo está
unido ao tronco é produzir frutos que permaneçam (Jo 15,16). O amor vivido é o
mesmo amor celebrado. O mandamento do amor torna-se a fonte da vida e caminho
de celebração. É o amor que se torna comunhão com o Corpo de Cristo e com os
irmãos neste Corpo.
Leituras:Atos 10,25-26.34-35.44-48;Salmo 97; 1João
4,7-10 João 15,9-17
Ficha nº 1438 – Homilia do 6º Domingo da Páscoa (10.05.15)
Amar é viver o relacionamento do Pai com o Filho no
Espírito. Temos o eros(,) a filia e o ágape que é o amor de Deus. Esse é o amor
que Jesus nos mostrou na redenção. O amor de Deus veio primeiro e é fonte de
todo amor. Amor é dar a vida.
O amor dado por Deus é aberto a todos. Ninguém é
dono dele. Deus não faz distinção de pessoas e dá o Espírito a todos, como deu
aos pagãos na casa de Cornélio.
Nas orações (eucologia) da celebração pedimos que
nossa vida corresponda aos mistérios que celebramos. Esse mistério é o amor de
Deus para que produzamos frutos. O amor é comunhão a Cristo e aos irmãos, pois
todos vivem o mesmo amor.
A paixão pelo amor
A paixão pelo amor produz frutos. Jesus, em suas
palavras durante a Santa Ceia, insiste na verdade suprema do amor. O amor
existe porque Deus nos amou. O amor que Jesus tem por nós é o mesmo que o Pai
tem por Ele. Amar é guardar os mandamentos do Pai, como Jesus guardou.
Deus deu dez mandamentos ao povo judeu. Jesus deu
um mandamento só. Cumprindo este, todos os outros estarão realizados. Esse
mandamento é a síntese de tudo o que Jesus fez e quis para nós: “Amai-vos uns
aos outros como Eu vos amei” (Jo 15,12). Amor não é só sentimento, mas doação
total de vida, como Jesus deu a vida.
Sem amor não conhecemos Deus, pois Deus é amor. O
amor a Deus existe quando amamos os outros. Deus nos amou dando Jesus. Sabemos
amar porque Deus nos amou primeiro e enviou seu Filho como vítima de expiação
pelos nossos pecados. Jesus foi o maior amante do mundo. Amou todos e tudo
que há no mundo, por isso deu o Espírito Santo aos pagãos.
REFLEXÕES DE HOJE
10 DE
MAIO – DOMINGO
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10 de maio – 6º DOMINGO DA PÁSCOA
Por Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
“Fui eu que vos escolhi”
I - INTRODUÇÃO GERAL
O povo de Israel tinha
consciência de ser povo escolhido por Deus. Mas também foi afirmado várias
vezes pelos profetas e pelos salmistas que as nações eram convidadas a entrar
na mesma dinâmica de Israel, ou seja, adorar o Deus único, vivo e verdadeiro.
Reza o salmista: “Aclamai o Senhor, ó terra inteira, cantai-lhe hinos de
louvor”. Sendo assim, qual é a identidade de Israel, já que todos os povos são
chamados a se congregar como povo de Deus? Basicamente, a vocação e o papel de
Israel em meio às demais nações é ser instrumento de Deus para que todos possam
conhecer o Deus da aliança e com ele fazer comunhão. Essa é a mesma vocação da
comunidade dos discípulos de Jesus ao longo da história, até que ele volte.
II - COMENTÁRIO
DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. Evangelho
(Jo 15,9-17): Escolhidos para amar
O evangelho de hoje nos
fala sobre a Igreja como lugar da amizade. Jesus nos é apresentado como alguém
que confidencia aos seus amigos tudo o que ouviu do Pai (v. 15). Conforme a
palavra de Jesus, a Igreja não se fundamenta em relações de poder entre senhor
e escravo, nas quais alguns se impõem sobre os outros, no saber e no poder.
Jesus superou essa mentalidade do mundo onde uns mandam e outros obedecem; ele
convocou uma família, não fundou uma empresa. Somos vocacionados para amar,
para viver em comunhão, partilhando uns com os outros aquilo que somos e o que
temos.
Jesus confia a nós tudo
o que ouviu do Pai, dando-nos o exemplo para que confiemos uns nos outros e
sejamos transparentes uns com os outros, a fim de formar verdadeira
“comum-unidade”. Se levarmos em conta esse exemplo de Jesus, a Igreja será
círculo de fraternidade, local de acolhida do diferente, espaço onde todos se
sentirão à vontade para ser o que são, família da qual ninguém será excluído.
Contudo, esse exemplo de
Jesus encontra inúmeras resistências em nossa época. Ainda resta um caminho
longo e difícil para a inclusão e a aceitação do diferente. Faz-se cada vez
mais urgente voltarmos ao evangelho e darmos atenção às palavras de Jesus.
Há grupos dentro da
Igreja que querem impor um modo de ser Igreja bem diferente daquele que foi
pensado e desejado por Jesus. São grupos autoritários que se definem como
únicos conhecedores da essência do cristianismo e defensores da doutrina. No
entanto, suas práticas de exclusão se chocam com o agir de Jesus, que se fez
amigo de todos, não teve pretensões autoritárias nem tencionou ser o único
conhecedor das palavras que ouviu do Pai, pois as partilhou com todos.
E o que Jesus teria
ouvido do Pai? Ou melhor, qual seria a vontade do Pai que Jesus cumpriu e nos
mandou observar? Na verdade, Jesus a sintetizou em poucas palavras: viver o
mandamento que ele deixou, a saber: estar aberto e livre para amar
concretamente. Se estivermos dispostos a isso, estaremos em sintonia com ele e,
portanto, em sintonia com o Pai.
2. I
leitura (At 10,25-26.34-35.44-48): Deus ama a todos, não faz acepção de pessoas
A primeira leitura traz
o relato de um dos aspectos constitutivos da Igreja: a universalidade da
mensagem de Jesus. Cornélio nos é apresentado pelo texto dos Atos dos Apóstolos
como o primeiro não judeu a ingressar na comunidade dos seguidores de Jesus.
Primeiramente, isso significou um despertar para a concepção de que a missão de
Israel e a da Igreja jamais seriam excludentes, fato expresso na palavra de
Pedro: “Deus não faz acepção de pessoas” (v. 34). A atualidade dessa palavra de
Pedro é inquestionável. Que ela possa ressoar nos corações e mentes daqueles
que pretendem excluir como impuros os que foram purificados por Deus por meio
do mistério pascal de Jesus Cristo.
O gesto realizado por
Pedro deve se converter em imagem da Igreja aberta a todas as pessoas, como
autêntico testemunho do amor de Deus a todos.
3. II
leitura (1Jo 4,7-10): Deus nos amou primeiro
O fundamento de toda a
argumentação desse texto bíblico é a afirmação de Jesus no Evangelho de João:
“Ninguém jamais viu a Deus; o Filho único, que está no seio do Pai, é quem o
deu a conhecer” (Jo 1,18). Por isso o Antigo Testamento proíbe fazer imagens de
Deus (Dt 5,8; Ex 20,4), porque sua imagem é o homem e a mulher (Gn 1,26-27). O
Deus invisível se revela no amor humano. Como, na mentalidade hebraica, a
imagem significa a presença e a representatividade, o ser humano, em suas
diferenciações de gênero, constitui o lugar da presença de Deus no mundo. A
presença divina está onde existe o amor humano. Mais ainda, o ser de Deus é o
amor, como origem e sentido de tudo que existe.
Não vemos a Deus, mas
escutamos sua palavra e podemos fazer sua vontade. Por isso o texto nos exorta
a amar uns aos outros para podermos reconhecer nossa origem, nossa experiência
mais original. E como podemos viver esse amor se somos tão frágeis e egoístas?
A força que nos liberta do egoísmo não é iniciativa nossa, mas de Deus. Ele nos
criou capazes de amar. Não fomos nós que o amamos primeiro, mas foi ele quem
nos amou antes de toda a criação e nos convida a entrar nessa sintonia de amor,
nessa comunhão, que nos põe em colaboração com ele na sua obra de redenção.
Em que consiste o amor?
(v. 10). O amor é a graça que sempre nos precede, que não podemos conquistar
nem criar, pois nos é oferecida como dom. Somente quem fez a experiência da
prioridade do amor pode falar sobre Deus.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
O amor não apenas nos
precede, mas nos resgata. O texto de 1Jo 4,10 usa um termo fundamental da
tradição sacrifical do Antigo Testamento, “propiciação” (oferenda de expiação,
cf. Lv 16) pelos nossos pecados. Já não precisamos sacrificar um animal; o amor
do Filho, na gratuidade e entrega de si mesmo, redime-nos do pecado. Isso é o
que pode mudar nossa vida, pois do amor surgimos, do amor renascemos,
libertando-nos do pecado e da morte.
Algumas pessoas querem
substituir os sacrifícios de animais por promessas extravagantes que fazem aos
santos. No entanto, o que agrada a Deus é o amor; numa palavra, o amor é o
único mandamento que Jesus nos deixou. O amor resume todo o cristianismo, e o
amor não exclui ninguém.
Os ritos, os
sacramentos, a missa, os sacramentais etc., tudo isso existe para nos
conscientizar de que devemos estar dispostos e livres para amar as pessoas em
todas as circunstâncias do cotidiano. Vamos à Igreja para sintonizar com o Deus
de amor e mais profundamente viver essa sintonia em cada momento da vida.
Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
Graduada
em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade
Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje – BH), onde também cursou mestrado e
doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente, leciona
na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis que faço novas todas
as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail: aylanj@gmail.com
Oração Final
Pai Santo,
ensina-nos a fazer de nossos momentos de oração encontros filiais contigo,
levados por Jesus de Nazaré, o Teu Filho Unigênito em quem quiseste fazer-te
humano. Dá-nos, Pai amado, reconhecermos cheios de encantamento tão precioso
dom de tua Misericórdia – a amizade de Teu Filho. Pelo mesmo Cristo Jesus, na
unidade do Espírito Santo.
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